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Setor de serviços avança 0,7% em agosto, quarta alta consecutiva

Novo crescimento coloca o volume de serviços prestados no maior nível desde 2015, mostra IBGE

Economia|Do R7

Setor de serviços cresceu 3,3% nos últimos quatro meses
Setor de serviços cresceu 3,3% nos últimos quatro meses

O setor de serviços, responsável por 70% de tudo aquilo que é produzido no Brasil, engatou a quarta alta mensal consecutiva e cresceu 0,7% em agosto, segundo dados publicados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desde maio, o setor apresenta um ganho acumulado de 3,3%.

Com a sequência de altas, o segmento renova o maior nível desde 2015 e figura 10,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, o último mês sem as medidas restritivas para conter os efeitos da pandemia do novo coronavírus, e apenas 0,9% abaixo do maior patamar da série histórica, alcançado em novembro de 2014.

A sequência positiva do segmento é a maior desde a apurada entre abril e agosto do ano passado, quando foram registradas cinco altas seguidas. "Em julho, o setor estava 1,5% abaixo do pico da série e, em agosto, ele se aproxima ainda mais, ficando no ponto mais próximo de novembro de 2014", avalia Luiz Almeida, analista responsável pela pesquisa.

Quando comparado a agosto do ano passado, o volume do setor de serviços cresceu 8%, a 18ª taxa positiva seguida nessa comparação, de acordo com os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).


Atividades

Em agosto, três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral, com destaque para os ramos de outros serviços (6,7%) e de informação e comunicação (0,6%).

Com o crescimento, o setor de informação e comunicação acumula ganho de 1,8% nos últimos dois meses e atingiu o ponto mais alto da série, no mesmo nível registrado em dezembro de 2021. Já o segmento de outros serviços reverte a perda de 5% apurada em julho.


“Esse resultado positivo [de outros serviços] vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, afirma Almeida.

O analista acrescenta que o segmento de telecomunicações, que faz parte da atividade de informação e comunicação, veio de uma queda de 1,8% no mês anterior para um aumento de 1,5% em agosto. “Esse setor ainda está 20,7% abaixo do maior patamar da sua série histórica, mas, com o avanço de agosto, ele é um dos responsáveis pelo crescimento de informação e comunicação”, destaca.


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Atividade mais afetada durante a pandemia, os serviços prestados às famílias (+1%) cresceu pelo sexto mês consecutivo, período em que acumularam ganho de 10,7%. Apesar disso, o setor ainda figura 4,8% abaixo do patamar pré-Covid-19. 

"Com o retorno das atividades presenciais, a queda das restrições e a diminuição do desemprego, ele vem reduzindo as perdas, mas ainda não alcançou o nível de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, o setor chegou a ficar cerca de 67% abaixo do seu patamar recorde, atingido em maio de 2014”, recorda Almeida.

Já os transportes, que vinham crescendo nos três meses anteriores, recuaram 0,2% em agosto, baixa puxada pela queda de 0,5% do segmento de transporte de passageiros. Os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou estabilidade, após a queda de 1,1% em julho.

“O setor de transportes tinha um aumento acumulado de 4% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece mais uma acomodação do setor”, analisa Almeida.

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