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Setor de serviços cresce em junho e atinge maior resultado desde dezembro de 2022

Indicador se encontra 14,3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e chega ao ponto mais alto da série, mostra IBGE

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça Elza Fiúza/Agência Brasil

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, cresceu 1,7% em junho, após apresentar queda de 0,4% no mês anterior. No primeiro semestre do ano, o setor acumulou ganho de 1,6%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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O setor de serviços se encontra 14,3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e chega ao ponto mais alto da série, 0,5% acima do antigo patamar recorde da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), de dezembro de 2022.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor mostrou perda de força ao passar de 1,2% em maio para 1% em junho.

O resultado positivo de junho contou com a alta de todas as cinco atividades pesquisadas, com destaque para os avanços dos setores de transportes (1,8%) e de informação e comunicação (2%). As demais expansões vieram de profissionais, administrativos e complementares (1,3%), de outros serviços (1,6%) e de serviços prestados às famílias (0,3%).


Entre os setores, houve predomínio de taxas positivas, já que três dos cinco setores investigados também mostraram expansão: outros serviços (1,4%); transportes (0,7%); e informação e comunicação (0,5%).

Por outro lado, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-0,1%) registraram as retrações do mês.


Volume dos serviços no Brasil Arte/R7

Todos os meses, quando a PMS é divulgada, o IBGE atualiza o resultado do mês anterior. No mês passado, por exemplo, o instituto havia divulgado que o indicador de maio tinha ficado estável. Neste mês, o valor foi atualizado para uma queda de 0,4%.

Junho de 2023 X junho de 2024

Em comparação com junho do ano passado, o volume de serviços teve alta de 1,3% em junho de 2024, após queda de 0,1% em maio. O avanço do mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades pesquisadas e com crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados.


Entre os setores, o de informação e comunicação exerceu o principal impacto positivo (5,8%). Os demais avanços vieram dos outros serviços (5%); dos serviços prestados às famílias (4,1%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%).

Em sentido oposto, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,7%) exerceram a única influência negativa.

No acumulado do primeiro semestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 1,6%.

Resultado por estado

Em comparação com maio, a alta do volume de serviços no Brasil foi acompanhada por 21 das 27 unidades da Federação. As maiores expansões vieram de São Paulo (2,6%), Paraná (3%), Rio de Janeiro (1,4%), Minas Gerais (1,9%) e Santa Catarina (2,4%).

Em contrapartida, o Rio Grande do Sul (-14,5%) exerceu a principal influência negativa do mês, em função do impacto causado pelas enchentes que assolaram o estado no mês de maio.

Na comparação com junho de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (1,3%) foi acompanhada por 19 das 27 unidades da Federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (2,6%), seguido por Rio de Janeiro (6,4%), Minas Gerais (2,4%), Paraná (2,1%) e Santa Catarina (2,9%).

Alta no turismo

Em junho de 2024, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 3,4% em comparação com o mês imediatamente anterior, após ter recuado 0,9% em maio.

Com isso, o segmento de turismo se encontra 7,7% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,1% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, todos os 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional. As contribuições positivas mais relevantes ficaram com São Paulo (4%) e Rio de Janeiro (8,2%), seguidos por Bahia (5,5%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Minas Gerais (1,6%).

Indicador de turismo será ampliado a partir de setembro

A partir de setembro, na Pesquisa Mensal de Serviços que divulgará o resultado de julho de 2024, o índice de atividades turísticas será ampliado dos atuais 12 para 17 locais pesquisados. Os estados do Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Mato Grosso, se somarão às atuais unidades da Federação já investigadas: Ceará, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grand do Sul, Goiás e Distrito Federal.

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