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Setor de serviços não financeiros bate recorde e emprega 15,2 milhões, diz IBGE

Número é o maior da série histórica da Pesquisa Anual de Serviços, iniciada em 2007; salário médio ficou em 2,3 salários mínimos

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O setor de serviços não financeiros no Brasil empregou 15,2 milhões de pessoas em 2023, o maior registrado desde 2007.
  • Comparado a 2022, houve um crescimento de 7,1%, e 18,3% em relação a 2019.
  • A receita operacional líquida das empresas de serviços alcançou R$ 3,2 trilhões, com os serviços profissionais e administrativos liderando.
  • O salário médio no setor foi de 2,3 salários mínimos, com variações significativas entre os diferentes segmentos de atividade.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Remuneração distribuída aos trabalhadores do setor soma R$ 592,5 bilhões Tânia Rêgo/Agência Brasil - Arquivo

O setor de serviços não financeiros do Brasil empregou 15,2 milhões de pessoas em 2023, o maior número da série histórica da PAS (Pesquisa Anual de Serviços), iniciada em 2007. Na comparação com 2022, o avanço foi de 7,1%. Frente a 2019, o nível de ocupação ficou 18,3% acima.

O número corresponde a um crescimento de 2,2 milhões de trabalhadores em uma década — 17,2% a mais do que em 2014. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (27).


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Em 2023, as atividades que mais empregavam no total do setor eram:

  • serviços de alimentação (11,7%);
  • serviços técnico-profissionais (11,2%); e
  • transporte rodoviário de cargas (8,2%).

Em paralelo, a receita operacional líquida das empresas de serviços alcançou R$ 3,2 trilhões em 2023. O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares respondeu pela maior fatia (29,2%), seguido por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (28,1%).


Na sequência vieram serviços de informação e comunicação (19,8%), serviços prestados principalmente às famílias (11,5%), outras atividades de serviços (7,6%), atividades imobiliárias (2,6%) e serviços de manutenção e reparação (1,3%).

Mudanças em 10 anos

A pesquisa aponta mudanças estruturais na década. Telecomunicações perdeu espaço na geração de receitas entre 2014 e 2023, enquanto tecnologia da informação ampliou sua participação no período.


A concentração de mercado atingiu o menor nível da série. A fatia das oito maiores empresas recuou para 6,6% da receita em 2023, ante 9,5% em 2014.

O levantamento mostra que, em comparação com 2014, atividades como serviços técnico-profissionais lideraram a criação de vagas no período, com acréscimo de 612,6 mil pessoas, seguidos por serviços de escritório e apoio administrativo (mais 436,6 mil) e tecnologia da informação (mais 254,6 mil).


Sudeste concentra receita

Do ponto de vista regional, o Sudeste respondeu por 64,4% da receita bruta de serviços, seguido pelo Sul (14,9%), Nordeste (10,1%), Centro-Oeste (7,9%) e Norte (2,7%).

Entre os estados, São Paulo concentrou 45% da receita nacional, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%).

Salário médio

A remuneração distribuída aos trabalhadores do setor soma R$ 592,5 bilhões, com o salário médio de 2,3 salários mínimos. Os maiores valores médios foram pagos aos profissionais dos segmentos de informação e comunicação (4,8 salários mínimos).

Por outro lado, todas as atividades com menores salários médios fazem parte do segmento de serviços prestados às famílias (1,3 salário mínimo).

Em 10 anos, embora o salário médio do setor como um todo tenha ficado relativamente estável, houve aumento em alguns setores, como:

  • transporte dutoviário (ganho de 2,4 salários mínimos);
  • serviços auxiliares financeiros, dos seguros e da previdência complementar (1,3 salário mínimo).

Por outro lado, as reduções ocorreram nos setores de telecomunicações (redução de 1,8 salário mínimo) e transporte aéreo (1 salário mínimo).

Perguntas e Respostas

 

Qual foi o número de empregos no setor de serviços não financeiros em 2023?

 

O setor de serviços não financeiros do Brasil empregou 15,2 milhões de pessoas em 2023, o maior número da série histórica da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), iniciada em 2007.

 

Como foi a comparação do emprego em 2023 com anos anteriores?

 

Em comparação com 2022, houve um avanço de 7,1%. Frente a 2019, o nível de ocupação ficou 18,3% acima. Em uma década, o crescimento foi de 2,2 milhões de trabalhadores, representando 17,2% a mais do que em 2014.

 

Qual foi a receita operacional líquida das empresas de serviços em 2023?

 

A receita operacional líquida das empresas de serviços alcançou R$ 3,2 trilhões em 2023. O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares respondeu pela maior fatia, com 29,2% da receita.

 

Quais atividades mais empregaram no setor de serviços?

 

As atividades que mais empregavam no total do setor incluíram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (28,1%), serviços de informação e comunicação (19,8%), serviços prestados principalmente às famílias (11,5%), entre outros.

 

Houve mudanças estruturais no setor de serviços entre 2014 e 2023?

 

Sim, a pesquisa aponta que telecomunicações perdeu espaço na geração de receitas, enquanto a tecnologia da informação ampliou sua participação no período.

 

Como está a concentração de mercado no setor de serviços?

 

A concentração de mercado atingiu o menor nível da série, com a fatia das oito maiores empresas recuando para 6,6% da receita em 2023, ante 9,5% em 2014.

 

Quais atividades lideraram a criação de vagas no setor?

 

As atividades de serviços técnico-profissionais lideraram a criação de vagas, com um acréscimo de 612,6 mil pessoas, seguidas por serviços de escritório e apoio administrativo (436,6 mil) e tecnologia da informação (254,6 mil).

 

Como é a distribuição regional da receita bruta de serviços?

 

O Sudeste respondeu por 64,4% da receita bruta de serviços, seguido pelo Sul (14,9%), Nordeste (10,1%), Centro-Oeste (7,9%) e Norte (2,7%).

 

Quais estados concentraram a maior parte da receita nacional?

 

São Paulo concentrou 45% da receita nacional, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%).

 

Qual é a remuneração média dos trabalhadores do setor de serviços?

 

A remuneração total distribuída aos trabalhadores do setor soma R$ 592,5 bilhões, com um salário médio de 2,3 salários mínimos. Os maiores valores médios foram pagos aos profissionais dos segmentos de informação e comunicação, com 4,8 salários mínimos.

 

Quais setores apresentaram aumento ou redução nos salários médios?

 

Embora o salário médio do setor tenha permanecido relativamente estável, houve aumentos em alguns setores. Por outro lado, reduções ocorreram nos setores de telecomunicações (1,8 salário mínimo) e transporte aéreo (1 salário mínimo).

 

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