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Setor de serviços tem alta em outubro e atinge novo recorde da série histórica, diz IBGE

Segmento tem alta de 1,1% no mês e sucede o aumento de 1% em setembro; no acumulado no ano, resultado chegou a 3,2%

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Setor de serviços cresce 1,1% em outubro Antonio Cruz/ Arquivo/Agência Brasil

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, cresceu 1,1% em outubro, indica a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira (11). O resultado sucede a alta de 1% percebida no último relatório e atinge novo recorde da série histórica.

O segmento se encontra 17,8% acima do nível de fevereiro de 2020, período de pré-pandemia.

Em outubro, o crescimento foi acompanhado por duas das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (4,1%), que mostrou expansão em todos os modais: terrestre (1,6%), aquaviário (0,7%), aéreo (27,1%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,6%).

A outra expansão veio de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%), segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 3%.


Em contrapartida, informação e comunicação (-1%); outros serviços (-1,4%) e serviços prestados às famílias (-0,1%) registraram queda no mês de outubro.

Outobro de 2024 x outubro de 2023

Em relação a outubro do ano passado, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 6,3%, sétimo resultado positivo consecutivo. O acumulado no ano chegou a 3,2% frente a igual período de 2023 e o acumulado em 12 meses avançou 2,7%, maior taxa desde fevereiro de 2024 (2,8%).


O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em transporte aéreo; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; armazenamento; e transporte ferroviário de cargas.

Por região

O volume de serviços cresceu em 22 das 27 unidades da Federação em outubro, em comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (1,1%). Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,2%), do Rio Grande do Sul (5,1%) e do Paraná (2,1%), seguidos por Bahia (3,5%), Pernambuco (4,3%) e Santa Catarina (1,9%).


Em contrapartida, o Rio de Janeiro (-1,8%) exerceu a principal influência negativa do mês, seguido por Amazonas (-4,2%) e Piauí (-3,5%).

Alta no turismo

Em outubro, o índice de atividades turísticas cresceu 4,7% frente a setembro, segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 5,2%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 12,9% acima do patamar de fevereiro de 2020 e renova o ponto mais alto da série, superando em 4,4% o mês de junho de 2024, antigo ápice.

Regionalmente, 16 dos 17 locais pesquisados acompanharam a expansão na atividade turística nacional (4,7%). A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (8,5%), seguido por Pernambuco (8,7%), Bahia (4,8%), Ceará (10,8%) e Distrito Federal (6,6%).

Apenas o Rio de Janeiro (-6,5%) assinalou recuo nas atividades turísticas.

Transporte de passageiros e de cargas crescem

O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 8,7% em outubro frente a setembro, segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 11,2%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 10,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 14,4% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou crescimento de 1,5% em outubro, terceiro avanço consecutivo, com ganho acumulado de 2,2%. Dessa forma, o segmento se situa 5,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 35,8% acima de fevereiro 2020.

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