Teste do Censo 2022 entrevista 111.184 pessoas em 27 localidades
A partir de 1º de agosto, o Censo 2022 começará a visitar os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros
Economia|Do R7
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (17) os dados do teste do Censo 2022. Foram 111.184 pessoas recenseadas, em 27 localidades selecionadas, nos 26 estados e Distrito Federal. Os recenseadores visitaram 59.535 endereços, dos quais 39.477 eram domicílios ocupados (com moradores).
Do total recenseado, foram 57.514 mulheres (51,7%) e 53.670 homens (48,3%). A população idosa, de 60 anos ou mais, foi de 18.575 pessoas (16,7%).
Nove municípios foram totalmente recenseados. Em Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) e Jardim Olinda (PR), a população diminuiu, na comparação com o Censo 2010. Das oito localidades com mais homens que mulheres, quatro eram municípios: Tigrinhos (SC), Jardim Olinda (PR), Lagoinha do Piauí (PI) e Lajeado (TO).
Nos demais, a população aumentou no período: Lajeado (TO) crescendo de 2.773 para 3.289 habitantes; Lagoinha do Piauí (PI), de 2.656 para 2.892; Passagem (RN), de 2.895 para 3.099; Capim (PB), de 5.601 para 6.520; Coqueiro Seco (AL), de 5.526 para 5.627; Tigrinhos (SC), de 1.757 para 2.322; e Damolândia (GO), de 2.747 para 2.836.
Os dados mostram também que havia mais homens do que mulheres em oito localidades, nos distritos de Sucuri, em Cuiabá (MT); Macujê, em Aliança (PE); Ema, em Pindoretama (CE); na localidade de Novo Remanso, em Itacoatiara (AM), e nos municípios de Tigrinhos (SC), Jardim Olinda (PR), Lagoinha do Piauí (PI) e Lajeado (TO).
O bairro de Amaralina, em Salvador, teve maior percentual de mulheres (56,3%) e de idosos (26,0%) que as demais localidades recenseadas. Já na localidade de Samambaia, em Brasília, apenas 7,2% da população tinha 60 anos ou mais.
Internet
Das 38.371 entrevistas realizadas, 98,1% foram na modalidade presencial, 1,3% pela internet e 0,6% por telefone. A localidade de Bacabal (MA) teve o maior percentual de entrevistas realizadas pela internet (5,2%) na comparação com as demais localidades. No bairro Vila (Ilha dos Mosqueiro), em Belém, 5,1% também responderam ao IBGE pela internet.
Em Minas Brasil, Belo Horizonte (MG), verificou-se a maior taxa de entrevistas por telefone 7,5%. Já na localidade de Novo Remanso, em Itacoatiara (AM), no distrito de Macujê, em Aliança (PE), e nos municípios de Passagem (RN), Jardim Olinda (PR) e Tigrinhos (SC) todas as entrevistas foram realizadas presencialmente.
Censo começa em agosto
O Teste Nacional do Censo Demográfico foi realizado de novembro de 2021 a meados de fevereiro de 2022. Em agosto, o Censo 2022 começará a visitar todos os domicílios do país, incluindo as localidades recenseadas durante os testes.
Foram avaliados os equipamentos, sistemas de coleta, questionários, o processo de capacitação, a captura das coordenadas de GPS e a abordagem à população em contextos regionais.
O teste também deu início à estratégia de mobilização da sociedade para responder ao Censo, que visitará os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros a partir de 1º de agosto. É a primeira vez que o IBGE organiza um teste dessa proporção para o Censo e divulga seus resultados em caráter experimental, para verificar a necessidade de melhorias técnicas e metodológicas a serem implementadas na operação definitiva.
“Selecionamos localidades visando aperfeiçoar os processos de coleta, levando em conta as diferentes características regionais do nosso país. Essa operação preparatória só foi possível graças ao engajamento do IBGE e de uma grande rede de parceiros, que envolveu governos locais, entidades públicas, privadas e da sociedade civil, em torno de uma só causa: realizar o censo brasileiro. E, claro, dos moradores que abriram as portas para o IBGE”, afirmou o presidente do instituto, Eduardo Rios Neto.
No estado do Rio de Janeiro, além de Paulo de Frontin, o IBGE realizou testes em aglomerados subnormais (favelas) e domicílios improvisados (prédios em construção e barracas) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em terras indígenas e territórios quilombolas de Angra dos Reis e Paraty, no Sul do estado. Os dados dessas localidades, porém, não serão divulgados porque essas comunidades não foram exaustivamente recenseadas. Isso vai acontecer na coleta oficial do Censo.