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Três em cada dez micro empresários consideram difícil contratar crédito

Para 66% das pessoas entrevistadas, o excesso de burocracia e de garantias exigidas pelas instituições financeiras é visto como o principal obstáculo

Economia|Raphael Fernandes*, do R7

Economia dificulta a contratação de créditos
Economia dificulta a contratação de créditos

Dados revelados nesta quinta-feira (16) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostram que, a lenta recuperação da economia tem forçado os micros e pequenos empresários do varejo a se manterem precavidos em relação a contratação de crédito para seus comércios.

A pesquisa mostrou que 34% dos empresários de menor porte considera difícil contratar algum tipo de crédito nos dias de hoje, 18% acham o processo fácil e 14% não têm opinião formada.

Para 66% das pessoas entrevistadas, o excesso de burocracia e de garantias exigidas pelas instituições financeiras é visto como o principal obstáculo. Em seguida, 49% culpa os juros elevados como o maior obstáculo. Na avaliação dos empresários escutados pela pesquisa, o tipo de crédito mais difícil de se obter é fornecido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e por instituições financeiras, 23% e 17%, respectivamente. 

Veja também: Bolsonaro sanciona lei que facilita crédito ao pequeno empreendedor


A minoria que considera fácil o processo de contratar crédito tem como principais razões o bom relacionamento com o banco (63%) e o fato de pagarem as contas em dia (44%). 

O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, diz acreditar que a recente aprovação Cadastro Positivo pelo Congresso Nacional deverá melhorar o cenário. "Com o Cadastro Positivo, as instituições financeiras poderão realizar uma análise de crédito mais assertiva e completa, o que deve reduzir as taxas de juros e ampliar o acesso ao crédito, principalmente para as empresas de menor porte que hoje estão a margem desse mercado”, afirmou o presidente.


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O levantamento também aponta que pelos próximos três meses a intenção dos micro e pequenos empresários em procurar crédito deve continuar baixa, mesmo com uma leve melhora em relação ao ano passado. Em abril deste ano, o Indicador de Demanda por Crédito atingiu 25,8 pontos, colocando-se 5,3 pontos acima do mesmo mês do ano anterior. Quanto mais próximo de 100, maior é a intenção dos empresários a buscarem recursos emprestados para seus negócios.

Somente 15% dos participantes da pesquisa demonstraram interesse em contratar algum tipo crédito pelos próximos 90 dias, enquanto 68% não têm interesse. A demanda de interesse para investimento em micro e pequnas empresas contou com uma alta 6,1 pontos na comparação entre abril deste ano com o mesmo mês do ano passado.


Para os 37% dos micro e pequenos empresários que visam realizar investimentos, as principais finalidades passam pela compra de maquinários e equipamentos até investimentos em divulgação, mídia e comunicação. 

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e Demanda por Investimento calculados pelo SPC Brasil e pela CNDL levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 empregados, 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% das empresas brasileiras nas áreas de comércio e serviços, respectivamente.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Celso Fonseca

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