Um terço das contratações de 2018 foram realizadas nas capitais
Dados do Caged mostram sete capitais entre os dez municípios que mais admitiram profissionais com carteira assinada ao longo do ano passado
Economia|Alexandre Garcia, do R7
A criação das 529.554 vagas de trabalho com carteira assinada no Brasil ao longo do ano passado foi guiada pelo bom desempenho do mercado de trabalho em algumas das capitais do país, que foram responsáveis por 30,35% dos postos abertos em 2018. Significa dizer que quase um terço dos empregos foram criados nessas localidades.
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), sete capitais figuram entre os dez municípios que mais contrataram nos 12 meses do ano passado.
São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Curitiba (PR) lideram o ranking com a geração de, respectivamente, 58.357, 29.330, 16.937 e 13.681 novos empregos com carteira assinada no período.
Indicadores do mercado de trabalho fecham 2018 com estabilidade
Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Salvador (BA) completam a lista de capitais com maior número de cargos gerados em 2018, com 7.911, 6.504 e 6.033 vagas formais abertas no ano passado, respectivamente.
A lista dos dez municípios com a maior geração de vagas também traz as cidades de Joinville (SC), com 9.094 novos postos, Ribeirão Preto (SP), com 6.958, e Serra (ES), que abriu 5.178 novas vagas.
Na contramão da maioria das capitais do país aparecem Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Maceió (AL), Rio Branco (AC), Aracajú (SE) e Recife (PE), que demitiram mais do que contrataram no ano passado.
Setores
Na análise por setores da economia, o destaque das capitais ficou por conta do setor de serviços, que teve 154.796 contratações a mais do que demissões.
Também registraram um desempenho positivo na análise somente entre as capitais os ramos do comércio (18.009), indústria de utilidade pública (2.989), administração pública (1.184) e a área extrativa mineral (87).
Por outro lado, demitiram em maior número nas regiões a indústria de transformação, com o corte de 15.652 vagas formais, e a construção civil, que fechou 2018 com 2.702 vagas a menos nas capitais.