Vale fará novo aporte de R$100 mi a municípios de MG impactados por paralisações
Economia|Do R7
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Vale anunciou nesta quinta-feira novo aporte de 100 milhões de reais para dez municípios de Minas Gerais impactados pela paralisação de operações da empresa, devido a uma revisão de segurança em suas instalações que tiveram início com rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), em janeiro.
O montante, que visa contribuir para melhorar a oferta de serviços essenciais nas cidades, foi confirmado após a empresa renovar por mais três meses acordo com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig).
A Vale foi levada a paralisar diversas minas por iniciativa própria ou de autoridades, até que realize intervenções e prove que as atividades estão seguras.
A companhia tem atualmente paralisada cerca de 60 milhões de toneladas/ano em capacidade produtiva de minério de ferro, apesar de ter conseguido retomar recentemente a sua principal mina de Minas Gerais, Brucutu, que pode produzir 30 milhões de toneladas ao ano.
As cidades beneficiadas pelo acordo são Barão de Cocais, Belo Vale, Congonhas, Itabirito, Mariana, Nova Lima, Ouro Preto, Rio Acima, São Gonçalo do Rio Abaixo e Sarzedo.
A cada três meses, os termos serão rediscutidos caso haja retorno das atividades produtivas.
"Esse novo apoio financeiro temporário é necessário para melhorar a oferta de serviços básicos fornecidos pelos poderes públicos das cidades em que foram prejudicadas pela paralisação das nossas operações", disse em nota Luiz Eduardo Osorio, diretor-executivo de Relações Institucionais da Vale.
O diretor destacou ainda a mineração como base da economia de muitas localidades.
"A Vale reafirma seu compromisso a continuar produzindo e investindo em Minas Gerais, Estado estratégico para o presente e para o futuro da empresa."
Na véspera, a Vale anunciou aporte de 1,8 bilhão de reais adicionais até 2023 para um pacote de obras em Brumadinho (MG), onde a barragem da mina Córrego do Feijão se rompeu em janeiro deixando centenas de mortos, em orçamento que inclui recursos para recuperar o meio ambiente, reconstruir equipamentos públicos e garantir a segurança das estruturas remanescentes.
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(Por Marta Nogueira)