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Vale-refeição do trabalhador dura metade de um mês

Benefício oferecido pelas empresas é suficiente para 11 dos 22 dias úteis do mês; brasileiro gasta, em média, R$ 40,64 por refeição, mostra pesquisa da Sodexo Benefícios 

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Inflação fora do domicílio teve aumento de 8% nos últimos 12 meses, diz IBGE
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A inflação costuma ser um receio do brasileiro principalmente quando ele vai ao supermercado. No entanto, a alta de preços também afeta a refeição diária do trabalhador do país.

O auxílio alimentício fornecido pelas empresas ao trabalhador é suficiente para apenas metade de um mês de serviço. É o que mostra pesquisa feita pela Sodexo Benefícios e Incentivos.

De acordo com o levantamento, o atual valor pago pelas companhias dá conta de 11 dias. As empresas consideram, em média, cerca de 22 dias por mês para a realização do crédito.

Portanto, isso significa que o trabalhador no país gasta do próprio bolso com metade de suas refeições mensais durante o expediente.

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O valor atual representa queda em relação ao ano passado, quando o vale-refeição era suficiente para alimentar o trabalhador em 13 dias no mês.

Esse número negativo é reflexo do aumento da inflação e da instabilidade econômica no Brasil, segundo a Sodexo. A companhia apurou que, por causa disso, as empresas aumentaram o benefício alimentício em 15%, na média nacional.

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Conforme os dados mais recentes da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador), o valor médio que os trabalhadores gastam para se alimentar em um restaurante por quilo é de R$ 40,64 por refeição.

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Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços com alimentação fora de casa aumentaram nos últimos 12 meses. Os valores cobrados em refeições e lanches ficaram 8% mais altos.

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Assim, a inflação no setor está 6% menor que o aumento concedido pelas empresas. Porém, “com o aumento dos preços dos alimentos, (o crescimento do VR) não necessariamente tem sido o suficiente para o trabalhador se alimentar fora de casa durante todo o mês”, disse a Sodexo em nota.

Impactos na saúde

Soraia Batista, nutricionista da Sodexo, afirma que esse cenário prejudica a saúde do empregado. Isso porque ele pode optar por comida mais barata, mas com menos nutrientes, segundo a especialista.

“É importante reforçar que a jornada de trabalho requer uma alimentação que vai além da hora do almoço, como ‘cafés’ da manhã e da tarde", diz ela.

"Então, se o profissional opta por um lanche como refeição, ou ele irá gastar mais do que o esperado durante a tarde ou ele optará por ficar com fome até chegar em casa, o que também não é saudável e impacta diretamente em sua concentração e rendimento”, completa Batista.

Como economizar

Dessa forma, o desafio é gastar menos sem deixar de comer de maneira saudável. Segundo Soraia Batista, a melhor opção são os restaurantes self-service.

“Quando estiver em um restaurante self-service olhe todo o buffet disponível e imagine mentalmente como irá montar seu prato, então, vá pegando aos poucos, evitando colocar vários grupos de alimentos juntos, priorizando as folhas, que por serem leves deixam o prato mais barato, e que junto das outras verduras devem representar metade da refeição. Após essa etapa, escolha uma opção de proteína, de preferência magra", argumenta ela.

"E para completar, uma boa pedida é a famosa combinação brasileira, o arroz com feijão, só tomando cuidado com a quantidade, que deve ser o suficiente para ficar satisfeito e caber no bolso”, pontua Soraia Batista.

Outra dica que a Sodexo dá ao trabalhador é não pedir bebida. Se for pedir, opte por água, que é mais barata e saudável.

A empresa recomenda. ainda, estabelecimentos que vendem o PF (prato feito). Se o funcionário estiver em um restaurante à la carte, dividir os pedidos com amigos ou colegas pode ser uma alternativa viável.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Alexandre Garcia.

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