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Inflação volta a acelerar e sobe 0,84% em fevereiro, mostra IBGE 

IPCA acumula alta de 5,6% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,77% nos 12 meses anteriores; em 2022, variação do mês foi de 1,01%

Economia|Do R7

Preços dos alimentos contribuíram para o aumento da inflação em fevereiro, de 0,84%
Preços dos alimentos contribuíram para o aumento da inflação em fevereiro, de 0,84%

A inflação oficial ganhou força em fevereiro e registrou alta de 0,84%, ficando 0,31 p.p. (ponto percentual) acima da variação de 0,53% apurada no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O avanço foi puxado pelos gastos com educação, que tiveram aumento de 6,28%, um impacto de 0,35 p.p. no índice.

Com a aceleração, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) reverte a tendência de queda, iniciada em abril do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,6%, abaixo dos 5,77% registrados nos 12 meses anteriores, mas ainda superior à meta de inflação para 2023 estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25%. Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 1,01%.

A prévia da inflação do mês, divulgada em 24 de fevereiro pelo instituto com o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), já projetava um avanço de 0,76% nos preços em fevereiro, de 0,21 p.p. (ponto percentual) acima do registrado no mês anterior (0,55%). Os gastos com educação tinham sido apontados como os principais responsáveis pela alta.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em fevereiro. Depois de educação, os maiores impactos na taxa foram com saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,13 p.p, respectivamente.


Transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações menores que as do mês anterior, e os demais grupos ficaram entre 0,11% de artigos de residência e 0,98% de comunicação.

A exceção foi vestuário, com queda de -0,24% e desaceleração pelo segundo mês consecutivo.


Gastos sazonais

Segundo o IBGE, a alta de 6,28% em educação reflete os reajustes que costumam ser praticados no início de cada ano letivo. Os cursos regulares, por exempo, subiram 7,58%, puxados por ensino médio, que teve o maior aumento, de 10,28%.

Na sequência vêm ensino fundamental, com alta de 10,06% e o maior impacto individual no índice do mês, de 0,15 p.p., seguido por pré-escola (9,58%) e creche (7,2%). Destacam-se ainda as altas do ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%).


A elevação de 2,8% nos preços dos itens de higiene pessoal foi a principal responsável pelo aumento de 1,26% do grupo saúde e cuidados pessoais, juntamente com os perfumes que, depois da queda de 5,86% observada em janeiro, tiveram alta de 7,5%, contribuindo com 0,08 p.p. no índice do mês.

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Outro destaque foi o aumento nos preços dos produtos para pele, de 4,54%, com impacto de 0,02 p.p. no IPCA de fevereiro. O resultado do plano de saúde, com alta de 1,2%, ainda reflete a incorporação das frações mensais dos planos novos e antigos, referentes ao ciclo de 2022-2023.

Para o cálculo do índice do mês, o IBGE comparou os preços coletados entre 28 de janeiro e 28 de fevereiro de 2023 (período de referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (base).

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