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Vendas do comércio crescem pelo quinto mês seguido, indica IBGE

Com alta de 1,2% em maio, setor varejista acumula expansão de 5,6% no ano e de 3,4% nos últimos 12 meses

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Vendas no varejo avançam 1,2% em maio Valter Campanato/Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,2% em maio, em comparação com abril, quando teve alta de 0,9%. Este foi o quinto resultado positivo seguido do setor, que acumula alta de 5,6% no ano e de 3,4% nos últimos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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“Em 2024, o varejo registrou cinco pontos positivos, com atingimento do nível recorde da série a partir de março, que se renovou em abril e maio. Esse desempenho dos últimos meses está muito focado em hiper e supermercados e artigos farmacêuticos, que também atingiram seus níveis máximos em maio. Com isso, o acumulado do ano é de 5,6%, enquanto, por exemplo, quando observamos todo o ano de 2023, o acumulado foi de 1,7%. Então é um resultado bastante positivo”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Das oito atividades pesquisadas, cinco avançaram em maio, com destaque para hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).

Este foi o segundo mês seguido de alta para hiper e supermercados, que acumula ganho de 2,6% nesse período. O setor responde por 54,7% do volume de vendas no varejo.


“O resultado positivo foi bem disseminado, com apenas três atividades com queda. As de maior peso, como hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram. Além disso, houve questões conjunturais, como o aumento das vendas do setor de vestuário mais focadas em calçados”, afirmou Santos.

O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que abarca as lojas de departamento, óticas e joalherias, registrou o quinto mês seguido de variações positivas. No ano, há ganho acumulado de 7,8%.


Ainda segundo a pesquisa, os setores de tecidos, vestuário e calçados (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) também tiveram resultados positivos. No caso do primeiro segmento, a alta veio após dois meses seguidos de variações negativas.

No setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, o resultado de maio representou o quarto positivo seguido nessa comparação, acumulando alta de 12,6% no período. Já no caso de livros, jornais, revistas e papelaria, a variação positiva foi precedida por dois meses seguidos no campo negativo.


Resultados negativos

Os demais setores tiveram resultados negativos: móveis e eletrodomésticos (-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5%).

”No setor de combustíveis e lubrificantes, essa queda tem a ver com a diminuição de uma atividade de transporte no sul do país, em decorrência das enchentes”, comentou Santos.

Maio de 2024 x maio de 2023

O volume de vendas do varejo avançou 8,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa alta foi disseminada por cinco das oito atividades:

  • outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,5%);
  • artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,6%);
  • hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,5%);
  • móveis e eletrodomésticos (2,1%); e
  • tecidos, vestuário e calçados (2%)

Crescimento por unidade da federação

Com o avanço de 1,2% no volume de vendas do varejo, 16 unidades da Federação registraram alta. As maiores variações ficaram com Amapá (3,4%), Mato Grosso (3%) e Maranhão (2,2%).

As outras 11 UFs ficaram no campo negativo, com destaque para os recuos de Roraima (-5,9%), do Espírito Santo (-2,6%) e do Acre (-1,7%).

No comércio varejista ampliado, nessa mesma comparação, os resultados positivos vieram de 13 unidades da Federação. As maiores variações foram registradas por Ceará (5,3%), Amapá (3,0%) e Tocantins (2,9%).

Já entre as 14 UFs no campo negativo, os recuos mais intensos foram de Roraima (-5,5%), Rondônia (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).

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