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Volkswagen amplia férias coletivas e paralisa novamente produção em fábrica no interior de São Paulo

Determinação, motivada pela queda de demanda e falta de componentes suficientes para a produção, afeta as fábricas de automóveis em Taubaté e de motores em São Carlos

Economia|

Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas
Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas

Sem componentes suficientes para a produção, e já sentindo impactos da queda de demanda, a Volkswagen anunciou novos períodos de férias coletivas aos trabalhadores das fábricas de automóveis em Taubaté e de motores em São Carlos, ambas no interior de São Paulo, para o início de abril.

Antes, a empresa já havia confirmado uma segunda parada na unidade de São José dos Pinhais (PR) também para o próximo mês. Levando-se em consideração os feriados do mês em que as linhas também estarão paradas, a produção deve ter significativa queda no período. Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas em suas quatro fábricas no Brasil.

Nas últimas semanas, várias montadoras anunciaram medidas de corte de produção, algumas por falta de semicondutores e a maioria por redução de vendas. No grupo estão General Motors, Hyundai, Stellantis (Jeep, Peugeot e Citroën) e também as fabricantes de caminhões Mercedes-Benz e Scania.

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem alegado que os juros altos inibem financiamentos, modalidade que já chegou a responder por 70% das vendas.

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Além das férias de dez dias iniciadas na unidade de Taubaté na segunda-feira (27), que envolveu cerca de 2.000 trabalhadores e paralisou toda a produção, haverá novo período de dispensas de mais dez dias na sequência para 900 desses funcionários, segundo o sindicato dos metalúrgicos local. A unidade produz os modelos Polo e o Polo Track.

Em comunicado, a Volkswagen afirmou na tarde desta quinta-feira (30) que as medidas são para "manutenção na linha de produção e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes".

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O sindicato, por sua vez, afirma que a nova parada é para adequar o volume de produção à demanda do mercado. "A instabilidade no fornecimento de semicondutores continua a ser um problema, mas esse segundo período de férias coletivas está mais ligado à baixa demanda de vendas de veículos em razão dos reflexos dos juros altos", afirma o presidente da entidade, Cláudio Batista.

A Volkswagen também informa que a equipe do terceiro turno da unidade de motores da Volkswagen em São Carlos terá férias de 20 dias a partir de 10 de abril, por causa da instabilidade na entrega de peças, sem informar quais. Essa fábrica já tinha suspendido operações de 20 de fevereiro a 1º de março.

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Na unidade do Paraná, onde é feito o T-Cross, já estavam programadas coletivas de 20 dias a partir de 10 de abril. A montadora diz que a medida "faz parte da estratégia de flexibilização nos processos produtivos devido à oscilação no fornecimento de componentes". Por enquanto, a única que manterá produção normal é a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Nos primeiros dois meses do ano, a indústria automobilística vendeu 272,8 mil veículos, 5,4% a mais que em igual período de 2022, quando a escassez de semicondutores estava generalizada. Os dados do trimestre serão divulgados na próxima terça-feira (4) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

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