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Educação

Atos contra corte na educação são registrados em mais de 100 cidades

Manifestação em São Paulo reúne milhares de pessoas no Largo da Batata. Organizadores anunciaram greve geral para o dia 14 de junho

Educação|Cesar Sacheto, do R7, com Agência Estado

Manifestantes deixam Largo da Batata rumo à Paulista contra corte de verbas
Manifestantes deixam Largo da Batata rumo à Paulista contra corte de verbas

Ao menos 100 cidades em 22 Estados e o DF registram atos, nesta quinta-feira (30), contra os cortes na Educação anunciados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, convocados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e União Nacional dos Estudantes (UBE). Na manifestações do dia 15 de maio, o número de cidades passou de 200 e a UNE chegou a falar em 1 milhão e meio de participantes em todo o país.

Em São Paulo, o protesto teve início por volta das 16 horas, e reuniu milhares de pessoas no Largo da Batata, tradicional ponto de concentrações populares no bairro de Pinheiros, zona oeste da cidade. O ato foi acompanhado por centenas de policiais militares, que se posicionaram no entorno. Um helicóptero da PM sobrevoou a área, mas não houve registro de tumulto. 

A manifestação teve a adesão de estudantes, professores, aposentados, sindicalistas e militantes de diversos partidos políticos, além de curiosos, moradores e trabalhadores da região.

Muitos participantes vestiam camisas estampadas com o rosto do ex-presidente Lula, que cumpre pena por condenação em processos da Operação Lava Jato na sede da Polícia Federal, em Curitiba.


Estudante de ciências e humanidades da Universidade Federal do ABC, a jovem Amanda Guedes, de 21 anos, se mostrava satisfeita com o engajamento em prol das reivindicações.

A estudante Amanda Guedes foi à manifestação
A estudante Amanda Guedes foi à manifestação

"A pauta engloba toda a sociedade. É sensivel aos trabalhadores" frisou a estudante, que criticou o contingenciamento de recursos para as universidades federais proposto pelo Ministério da Educação.


"Chama de contingenciamento, mas não vemos contingenciamento no salário dele (Bolsonaro). Contingenciar é tirar dos mais ricos, empresários, latifundiários. Cortando da educação, é difícil até sorrir", lamentou a universitária.

A professora Daniela Elias, que levou as filhas de oito e nove anos à manifestação, estava preocupada com uma possível perseguição a aqueles que aderiram à manifestação. Mesmo receosa e sem permitir que a sua imagem fosse divulgada, ela resumiu em uma palavra o que pensava do movimento. "Necessário".


Babá Evanilda Ramos e seu filho Pietro, em SP
Babá Evanilda Ramos e seu filho Pietro, em SP

Serena, a babá Evanilda Ramos observava os coros de "vem fechar a rua" e "ô Bolsonaro, vou te falar, o estudante também quer se aposentar" que eram enrolados pelos manifestantes.

"Todos têm que brigar pelos seus direitos. Sou a favor daquilo que beneficia o povo. Tirar verbas da educação é um absurdo", enfatizou a mulher que carregava no colo o filho Pietro, de quatro anos, que havia acabado de buscar em uma creche na região.

Outros locais

No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram ao redor da igreja da Candelária, no centro, às 16h30. Em Belo Horizonte, manifestantes se concentraram na Praça Afonso Arinos, região central da capital mineira. Em Brasília, a manifestação aconteceu por volta das 10h e reuniu 1,5 mil pessoas segundo a Polícia Militar e dez mil pessoas nas estimativas da organização.

Caminhada até a Paulista

No início da noite, os organizadores iniciaram uma passeata até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista, o de havia sido previsto o encerramento do protesto.

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