Cyrilo M.G. Neto, 14 anos
Divulgação/Arquivo pessoalCyrilo Malandrino Gomes Neto, 14 anos é aluno do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Itamarati, de Ribeirão Preto (SP). O jovem conta que a turma do período da tarde foi a primeira a retornar as aulas 100% presenciais.
“Voltamos na primeira semana de agosto”, diz aliviado. “Eu não aguentava mais olhar para a tela do meu computador, não conseguia aprender o conteúdo”, diz ao lembrar das dificuldades do ensino remoto.
O aluno conta que no início se sentiu inseguro para retornar ao colégio. “Sabemos que o vírus existe e ainda pode matar”, avalia. “Na sala de aula todos os protocolos sanitários estão sendo adotados, inclusive o distanciamento social e o uso obrigatório de máscara.”
Segundo Cyrilo, os pais aceitaram bem o retorno às aulas presenciais. “Eles perceberam o quanto foi difícil manter o foco e atenção dos estudos durante a pandemia”.
Júlia Farias Amaral, 18 anos
Divulgação/Arquivo pessoalPara a estudante Júlia Farias Amaral, 18 anos, do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Jair Toledo Xavier, localizada no bairro da Brasilândia, zona norte de São Paulo, o reencontro com os colegas de classe foi um misto de sensações. “Fiquei insegura por causa do vírus e ao mesmo tempo ansiosa para encontrar todo mundo”, conta.
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A escola onde Júlia estuda, para evitar aglomerações, dividiu a turma e apenas 50% dos alunos participam das aulas presenciais. “Fomos separados por grupos e as aulas aulas seguem na modalidade híbrida de ensino”, diz.
Segundo a jovem, os professores estão retomando alguns temas para nivelar o aprendizado dos estudantes em sala de aula. A aluna lembra que enfrentou dificuldades durante a pandemia para poder acompanhar as aulas online. “Eu estava sem celular e perdi muito conteúdo”.
Na última quarta-feira (18) foi publicada uma decisão judicial em caráter liminar que prevê aos profissionais da rede estadual o retorno após 14 dias do esquema vacinal. A determinação atende a uma Ação Civil Pública movida pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). A entidade afirma que os professores estão sendo convocados pela Secretaria Estadual da Educação sem que tenham tomado as duas doses da vacina.
Sofia F. de Alcantara Gil, 15 anos
Divulgação/Arquivo pessoalSofia Furtado de Alcantara Gil, 15 anos, estuda no Colégio Domus Sapientiae da Rede Inspira, localizado no Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.
A jovem conta que recebeu orientações da escola sobre como funcionaria o retorno dos estudantes para o modelo presencial. "Foram enviados comunicados por e-mail e também por outros canais de comunicação para os alunos", diz. "Não tive medo de voltar. Eu estava mais contente e também ansiosa", explica.
Para Sofia a readaptação da rotina escolar ainda é um desafio. "Voltamos, mas com novos hábitos e sem ter aquela aproximação com os amigos como antigamente", diz ao se referir as medidas de distanciamento social.
Universitários
As três universidades estaduais paulistas: USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) vão exigir vacinação completa de alunos e professores para o retorno as aulas presenciais.
Na última quinta-feira (19) a Unicamp apresentou o plano de retomada das atividades presenciais. Além do esquema vacinal completo após os 14 dias, também haverá testagem para servidores e alunos e controle diário do bem-estar de saúde por aplicativo. De início, o retorno presencial é previsto aos funcionários, docentes e pesquisadores. A retomada plena com as aulas presenciais nos campus da Unicamp estão previstas para 2022, informou o reitor da Unicamp Antônio José de Almeida Meirelles.
Na USP, o retorno acontece a partir do dia 4 de outubro para quem estiver com o esquema vacinal completo contra a covid-19. Reitores da Unesp comunicaram que ainda não possuem data específica, mas a previsão é que as aulas sejam retomadas em setembro.
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As aulas na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo seguem online e ainda não há definição de data sobre o retorno presencial, segundo a assessoria.
Em nota a FCL (Fundação Cásper Líbero) informa que nos meses de agosto e setembro, as aulas continuarão a ser ministradas remotamente. Garantidas as condições de segurança com o avanço da campanha de vacinação no estado, o retorno presencial das aulas deverá ocorrer já em outubro.
A UPM (Universidade Presbiteriana Mackenzie) informou que o ensino remoto seguirá até o dia 22 de dezembro de 2021. Caso os indicadores assegurem a saúde de alunos, professores e funcionários, a universidade reavaliará a atual modalidade de ensino praticada.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder