A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2018, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra que apesar de uma sutil melhora nos dados, a desigualdade permanece.
O brasileiro branco estuda 2 anos a mais que pretos e pardos, o que se mantém desde 2016. “A questão da desigualdade está associada a renda, no geral, pessoas pretas e pardas têm uma renda menor, também estão mais vulneráveis, percebemos que os índices estão melhorando, mas a desigualdade persiste”.
Como mostra a pesquisa, com relação à cor ou raça, 10,3 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 8,4 anos para as de cor preta ou parda. Em termos regionais, Sudeste, Centro-Oeste e Sul mantiveram-se com uma média de anos de estudo acima da nacional, respectivamente de 10, 9,6 e 9,6 anos, enquanto as Regiões Nordeste e Norte ficaram abaixo da média nacional, com 8,7 anos e 7,9 anos, respectivamente. Todas as regiões tiveram um aumento entre 2017 e 2018, que variou entre 0,1 e 0,2 ano de estudo.
Nesse sentido, dados mostram que a frequência escolar no ensino médio foi 76,5% para as pessoas brancas de 15 a 17 anos, enquanto para as pessoas pretas ou pardas, 64,9%. Apesar de mais baixo, o indicador para pessoas pretas ou pardas foi o único que cresceu de 2017 para 2018, uma variação de 1,4 ponto percentual.
Meninas na Escola
A média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2018, foi 9,3 anos. Desde 2016, essa média tem crescido anualmente 0,2 ano. Entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 9,5 anos, enquanto para os homens, 9 anos.