Conheça Carina Fragozo, edutuber que tem 1,7 milhão de inscritos e uma equipe de 25 pessoas
Há dez anos, a professora tinha vergonha de dizer que postava vídeos, mas quando terminou seu doutorado já era famosa
Educação|Vivian Masutti, do R7
Dona do canal English in Brazil, criado há dez anos no YouTube, Carina Fragozo, 36 anos, é uma referência entre os edutubers, como são chamados os professores que fazem sucesso no YouTube com conteúdo educativo de disciplinas diversas.
Com dicas práticas de pronúncia e gramática, exercícios e até entrevistas com falantes nativos de inglês, Carina tem 1,7 milhões de seguidores, mais de 84 milhões de visualizações e uma comunidade ativa.
O vídeo “As 50 Palavras Mais Usadas no Inglês” é o mais visto do canal, com 2 milhões de views. Carina também é autora de um best-seller, o “Sou Péssimo em Inglês” (Harper Collins, R$ 30,50), palestrante e foi destaque no Relatório de Impacto Econômico 2021 do YouTube Brasil.
Além disso, seu perfil no Instagram tem mais de 500 mil seguidores.
Ela conta que, quando estava fazendo doutorado em linguística na Universidade de São Paulo, tinha vergonha de dizer que tinha um canal com vídeos na internet. Mas a fama veio mesmo assim. Sem querer, seu primeiro post acabou virando um viral com o título “Como turbinei o meu inglês em pouco tempo”.
Logo a jovem estava com 20 mil seguidores. E, ao fim do doutorado, já tinha 600 mil inscritos. “Ganho só com o vídeo mensal de um patrocinador o que um professor ganha em um mês dando aula em uma faculdade”, conta ela.
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Hoje, tem uma equipe de 25 pessoas que inclui seu marido, engenheiro que deixou o emprego para ir trabalhar com ela.
“O jogo virou mesmo. Não sei porque dei tanta importância para a opinião dos outros. Eu poderia ter bilhado antes. Sou uma autoridade no país e a vendagem do meu livro foi algo que mudou a minha vida. As pessoas estavam pagando para ler o que eu escrevi.”
Carina triplicou suas visualizações recentemente com a publicação de vídeos curtos.
“Os mais longos continuam sendo o carro-chefe do canal. Mas esses ‘shorts’ são uma isca para atrair o aluno", explica.
E deixa claro que gravar um vídeo para o canal é completamente diferente do que gravar uma aula.
"Tem que prever as perguntas e não dá para fazer generalizações rasas. Tem muita gente da terceira idade que me segue. Tipo a avó que tem um neto que nasceu nos Estados Unidos e quer aprender inglês para conseguir conversar com ele.”