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Educação

Cursos de licenciatura 100% a distância devem acabar, diz ministro da educação

Para valorizar a formação de professores, seria necessário acabar com cursos a distância nessa área, disse Camilo Santana

Educação|Do R7

Brasil teve uma explosão do ensino superior não presencial: o número de graduações aumentou 700% entre 2012 e o ano passado
Brasil teve uma explosão do ensino superior não presencial: o número de graduações aumentou 700% entre 2012 e o ano passado

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira, 5, que não vai mais permitir cursos de licenciatura (de formação de professores) totalmente a distância no País. A declaração foi dada na coletiva em que apresentou os resultados do Pisa 2022, avaliação internacional do ensino básico. O Brasil continua nas piores colocações.

Segundo o ministro, uma das estratégias para o Brasil melhorar os resultados de aprendizagem dos alunos é valorizar a formação de professores. Para isso, seria necessário acabar com cursos a distância nessa área.

Atualmente, 6 em 10 professores formados no País fizeram curso a distância. "Estamos com uma equipe técnica avaliando, mas pelo menos a ideia do ministério é não permitir mais curso 100% EAD nas Licenciaturas. Vamos definir, vai ser 50%, 30%", disse o ministro.

"O problema da formação inicial é em todas as universidades — não há distinção de [universidade] privada, pública — é um problema que precisamos enfrentar", completou. Ele disse ainda que é preciso avaliar os estágios obrigatórios para preparar professores e também reformular as diretrizes curriculares da formação docente.


Como o Estadão revelou, o Ministério da Educação (MEC) publicou na semana passada portaria que suspende os processos de autorização de novos cursos a distância de 17 áreas, entre elas Direito, Medicina e todas as licenciaturas.

O Brasil teve uma explosão do ensino superior não presencial: o número de graduações aumentou 700% entre 2012 e o ano passado. Embora seja vista como opção para alunos mais vulneráveis, especialistas têm questionado a qualidade da modalidade a distância, especialmente em cursos de formação de professores.

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