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Educação

Dia da Educação se comemora com revolução na sala de aula

Diretora de escola de Itirapina, interior de São Paulo, muda a realidade dos estudantes com uma boa dose de dedicação e usando a criatividade 

Educação|Karla Dunder, do R7

Crianças deixam a sala de aula para ter novas referências
Crianças deixam a sala de aula para ter novas referências

Sabia que o dia 28 de abril é o dia da Educação? Para comemorar a data, um exemplo de que é possível transformar a realidade com uma boa dose dedicação e criatividade.

Fabiana Costa trabalha há 13 anos com educação, dez como professora e três anos como diretora da escola Municipal Dulce de Faria Martins Migliorini em Itirapina, interior de São Paulo, com quase 70% dos alunos em situação de vulnerabilidade. A realidade mudou quando a chegada de um projeto de desenvolvimento integral.

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“Envolvemos toda a escola no projeto: professores, pais, alunos, pessoal da limpeza o que tornou possível a mudança no entendimento de que poderíamos fazer uma nova escola”, conta Fabiana.


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E como fazer? Em uma parceria com o Instituto Península toda a escola foi envolvida em um trabalho de formação. “Entendemos que o professor é o principal agente de transformação e trabalhamos no desenvolvimento de habilidades, em competências sócio emocionais, até porque a sala de aula é um microcosmos da sociedade e os professores não estão preparados para lidar com muitas questões que surgem ali”, explica Diretora Executiva do Instituto Península, Heloísa Morel.


Fabiana conta que todas as mudanças propostas foram discutidas, nada foi imposto e aos poucos foi surgindo uma nova escola. “As crianças que só ficavam em sala de aula passaram a interagir mais com a natureza”, conta.

Estudantes têm aulas de música fora do horário de aula
Estudantes têm aulas de música fora do horário de aula

A relação da família com a escola também mudou. “Os pais eram chamados quando havia algum problema e era muito difícil ter o envolvimento da família, hoje eles são convidados a participar, são acolhidos pela escola, temos festas o que impacta diretamente no desenvolvimento das crianças”.


Oficinas são realizadas no contra horário das aulas. Assim, as crianças ficam na sala de aula na parte da manhã e à tarde podem participar de aulas de música, na fabricação de pães, jardinagem entre outras. “Se um membro da família sabe fazer pães, nós convidados para participar, uma estratégia de aproximação com a família”.

Fabiana se emociona ao contar a história de um menino que tinha dificuldade na aprendizagem. “Ele tinha dificuldade em se concentrar, um neurologista chegou a receitar Ritalina, a droga da moda, mas quando ele começou a participar das oficinas de jardinagem. “Ele se interessou pelas plantas, se envolveu com a natureza, teve novas referências, uma vida que mudou por completo”.

O envolvimento com a aprendizagem também passa pela escuta. Saber ouvir os alunos e também os professores. Compartilhar experiências faz parte do processo. "Percebemos que primeiro precisamos transformar as pessoas para depois ver o resultado nos índices que avaliam o nível de aprendizagem”, explica Heloísa.

Para que esse conhecimento possa ser compartilhado com escolas de todo o Brasil, o Instituto Península criou uma ferramenta online focada na prática da sala de aula. Vivescer, a plataforma é a primeira a desenvolver o professor em quatro dimensões: emoções, mente, corpo e propósito. É também um espaço para que educadores possam trocar experiências, discutir os desafios da profissão e compartilhar boas práticas de ensino em um formato de comunidade online exclusiva para estes profissionais.

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