Educadora defende a inclusão da aprendizagem colaborativa na formação escolar
Escolas e espaços acadêmicos estão cada vez mais investindo nessa abordagem; saiba mais
Educação|Do R7 Bolsas de Estudo
Com o passar dos anos e com todas as evoluções na área pedagógica, escolas e instituições de ensino estão cada vez mais investindo na aprendizagem colaborativa. A metodologia de ensino pautada na interação, colaboração e participação ativa dos alunos colabora para que eles sejam protagonistas de sua própria história.
A premissa da aprendizagem colaborativa é a participação ativa dos alunos nos processos educacionais com base na troca de experiências, no cooperativismo e no engajamento. Nesse contexto, a figura do professor não é mais aquela que detém todo o conhecimento, mas sim aquela que leva aos alunos situações e problemas que possam ser resolvidos por todos, sem distinção ou hierarquia. Todos aprendem e ensinam como iguais.
Apesar de ser o condutor do processo, o professor abre para os estudantes um leque de possibilidades de resolução dos problemas apresentados, fugindo de respostas prontas e incentivando o protagonismo em todo desenvolvimento do conhecimento.
Para a pedagoga e mestre em Educação e Contemporaneidade Ana Sueli Pinho, o trabalho colaborativo pressupõe a necessidade da tomada de decisões coletiva, em que todos devem participar ativamente dos processos até chegar à resolução. “É preciso ouvir e considerar o que o outro tem a dizer e, assim, pôr em prática tudo aquilo que foi decidido em conjunto. Isso faz parte do processo de aprendizagem colaborativa. Nessas atividades não há uma hierarquia, não há quem delegue, todos vão aprender coisas diferentes, vão assumir responsabilidades iguais e serão recompensados pelo resultado”, explica a profissional.
No contexto da pandemia, mesmo com o isolamento social e boa parte das escolas ainda fechada, a colaboração dos estudantes pode também ser exercida. As salas de aula são apenas a referência de onde aprender, porém o processo de aquisição de conhecimento ultrapassa os limites físicos das instituições de ensino. É possível aprender fora das salas de aula e ensinar aos estudantes que eles podem e devem praticar e adquirir mais conhecimento, seja qual for o ambiente em que estejam inseridos.
“É preciso que professores e estudantes entendam que na sala de aula existem múltiplos saberes e eles podem agregar valor ao trabalho que será desenvolvido. Os professores devem estimular esses alunos, pois eles podem ser aliados na construção da aprendizagem colaborativa. Aqueles estudantes que já possuem conhecimento em determinado conteúdo podem ajudar os colegas com uma linguagem simplificada, fazendo assim com que o assunto que o professor esteja abordando possa alcançar a todos os envolvidos. Quem ensina aprende mais uma vez, então incentivar isso é um ótimo caminho”, defende a pedagoga.
O objetivo da aprendizagem colaborativa sempre será tornar os indivíduos cada vez mais realizados e bem-sucedidos, além de contribuir para a construção de uma sociedade cada vez melhor. Pôr em prática o que é aprendido faz com que todos tenham condições de ampliar o aprendizado e revelar os diversos talentos dentro daquele universo.
“É preciso garantir e compreender que, em uma sala de aula, onde todas as questões de conteúdo e captação de conhecimento são diferentes, a aprendizagem precisa ser construída de todos para todos e não de um polo para todos. Sendo assim, o papel do professor nessa jornada é mostrar que, na sala de aula, todos podemos aprender coisas diferentes e, ainda sim, assumir responsabilidades iguais, desafiando os alunos a porem em prática tudo o que aprenderam”, conclui.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil