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Educação

Enem 2024: saiba os principais conteúdos para revisar a menos de um mês para prova

A prova é dividida em dois dias de aplicação e tem quatro blocos diferentes, além da redação; exame acontece em 3 e 10 de novembro

Educação|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Prova acontece em 3 e 10 de novembro Gabriel Jabur/Agência Brasília - Arquivo

Falta menos de um mês para a prova do Enem 2024, que vai ser aplicada em 3 e 10 de novembro. Mais de 5 milhões de pessoas se inscreveram para fazer a prova que mede o desempenho escolar de estudantes que finalizaram a educação básica e é utilizada como avaliação para ingresso no ensino superior em todo o Brasil.

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O R7 conversou com especialistas do Centro Educacional 1, do Guará, no Distrito Federal, sobre quais os conteúdos mais importantes para serem revisados na reta final para o exame. Confira abaixo:

Linguagens, códigos e suas tecnologias

Na parte de linguagens da prova, a professora Renata Soares pontua que concentração e leitura dinâmica são necessárias. Ela afirma que interpretação de texto, variabilidade linguística, funções de linguagem, função social do texto literário, anúncio publicitário e reconhecimento de estratégicas argumentativas são tópicos cobrados com frequência.

“Para o candidato se sair bem na prova de Códigos e Linguagens, precisa controlar o tempo de leitura e de compreensão dos enunciados e proposições e, ao mesmo tempo, atentar-se aos objetivos de cada questão. Sem querer parecer clichê, mas o hábito de leitura vai facilitar bastante a participação no Enem”, afirma.


Para as questões sobre artes, o professor Bento Tutu afirma que o aluno deve revisar “todos os períodos históricos, desde a pré-história à arte contemporânea”. “Assistir filmes e ler biografias dos artistas e movimentos artísticos ajudarão a entrar no universo da história da arte”, recomenda.

“Compreender como a arte foi definida ao longo do tempo e a definição atual é crucial para entender o seu valor e propósito em diferentes culturas e períodos históricos”, acrescenta.


Redação

A redação do Enem pode ter até 30 linhas e é baseada em um tema divulgado apenas no dia da prova. O texto precisa ser dissertativo argumentativo e ter uma proposta de intervenção. A nota máxima é de 1.000 pontos, mas alguns critérios podem fazer com que alunos zerem a prova. Em 2023, o tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

A professora Renata Soares afirma que é preciso estar informado sobre os principais acontecimentos dos últimos anos, além de “saber mobilizar repertório sociocultural pertinente e produtivo em relação ao ponto de vista que ele defende”.


Soares pontua que o domínio da estrutura da redação solicitada é “extremamente importante”. “Cada parágrafo tem um objetivo e cada frase importa na construção do todo. O estudante, ao compreender que uma frase é consequência da anterior e aplicar esse entendimento à escrita, estará conferindo progressividade à redação. Dessa forma, haverá evolução das ideias e organização dos argumentos selecionados”, explica.

Sobre a proposta de intervenção, a professora conta que é preciso dizer quem vai resolver o problema em questão, como ele será resolvido e qual o objetivo. A educadora afirma que a prática é necessária para a produção da redação.

“Entender a parte teórica da redação é muito importante, mas de nada vale se o candidato não exercitar a produção. É importante escrever textos sobre vários temas, a fim de levantar o máximo de repertório relacionado a cada eixo temático. Portanto, é necessário escrever, corrigir, refazer o texto com o intuito de aprimorar a escrita e de se adequar ao padrão estipulado pelo Inep na correção das provas do Enem”, finaliza.

Ciências humanas e suas tecnologias

Nas perguntas de geografia, os conteúdos principais são geopolítica, demografia, migrações, biomas brasileiros, clima, blocos econômicos, espaço agrário, BRICS, questão ambiental, espaço urbano e fontes de energia. O professor José Francisco de Sousa Sobrinho afirma que globalização, sistemas econômicos, modelos de produção, projeções cartográficas, crescimento vegetativo e urbanização também são temas relevantes.

Para a parte de história, o professor Gleidson Arruda afirma que é importante revisar a antiguidade clássica (Grécia e Roma), feudalismo, reformas religiosas, expansão marítima europeia, ocupação portuguesa na América, ciclos do açúcar e do ouro, as revoluções francesa e industrial e as guerras mundiais. Além disso, na história nacional, o processo de independência, a república brasileira, ditadura militar e o processo de redemocratização são relevantes.

Para as questões de filosofia, a professora Viviane de Araújo Oliveira pontua que os conteúdos mais relevantes são filosofia pré-socrática, Sócrates, Platão, Aristóteles, Patrística, Escolástica, teoria do conhecimento, política e ética.

Para sociologia, a professora Indira Gualberto afirma que entre os teóricos clássicos Max Weber tem aparecido com mais frequência, mas Durkheim e Marx também são relevantes. Algumas temáticas importantes são relações culturais (conceito de memória, identidade cultural, patrimônio, diversidade e pluralidade cultural, etc); relações raciais; relações de gênero; educação; movimentos sociais; relações de trabalho (como mudanças no mundo do trabalho e relações contemporâneas, automação, relação desemprego x tecnologia, precarização, etc); meio ambiente e sustentabilidade; políticas públicas e cidadania; globalização e internet, redes sociais e cultura de consumo.

Ciências da natureza e suas tecnologias

Na parte sobre biologia da prova, a professora Juliana Carvalho afirma que o assunto que cai com mais frequência no Enem é ecologia (especialmente impactos ambientais, relações ecológicas, ciclos biogeoquímicos, desequilíbrios ecológicos).

Além dele, metabolismo/bioenergética (focado em fotossíntese e respiração celular), citologia (membrana plasmática e funções de organelas), fisiologia humana (funcionamento dos sistemas, com ênfase no digestório e endócrino), genética e evolução (leis de Mendel ou aplicações biotecnológicas e alguns conceitos básicos em evolução). Tópicos sobre botânica, como classificação, evolução, anatomia e fisiologia, também têm sido cobrados.

Já nos assuntos de química, a professora Priscila Silva recomenda que os alunos foquem em química orgânica (nomenclatura e funções orgânicas, reações orgânicas e polímeros); átomos, moléculas e suas propriedades; e em misturas, funções inorgânicas e estequiometria.

“Esteja preparado para responder questões sobre aquecimento global, efeito estufa, buraco na camada de ozônio, substâncias liberadas nos processos de combustão”, afirma ela, ressaltando que questões ambientais podem ser relacionadas com química ambiental. “Teremos a reunião do G20 no Rio de Janeiro e a COP30 em 2025. Aposte nas questões ambientais em todas as áreas”, finaliza.

Em física, o professor Luiz Eugênio destaca que os conteúdos mais relevantes são eletrodinâmica, termologia, ondulatória e cinemática, energia, trabalho, potência e refração de luz. Além disso, é importante conhecer bem conceitos como energia cinética e potencial, quantidade de movimento, campo elétrico e corrente elétrica.

Matemática e suas tecnologias

A parte de matemática do Enem consome 25% das questões objetivas. Paulo Firmino, professor da matéria, diz que a maioria da prova (33,8%) é composta por questões de matemática básica, como regra de três simples e composta. Estatística é o segundo conteúdo que mais cai (cerca de 12,5%) e demanda interpretação de gráficos e tabelas e medidas de tendência central.

Geometria espacial toma 11,4% da prova, com questões de geometria de posição e perguntas sobre áreas e volumes. Já funções do 1º e 2º grau, além de nomenclaturas e padrões gráficos, são responsáveis por 10,8% do exame. Por último, geometria plana toma 8% do total do Enem, com questões sobre polígonos regulares, circunferência e círculo e fórmulas de área.

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