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Educação

Estudante da periferia consegue bolsa em colégio internacional

Antonio Gabriel Lima conseguiu passar pelo criterioso processo seletivo da Saint Paul's é um dos nove bolsistas da escola

Educação|Do R7

Antonio Gabriel Lima conseguiu uma bolsa de estudos em colégio tradicional de SP
Antonio Gabriel Lima conseguiu uma bolsa de estudos em colégio tradicional de SP

Antonio Gabriel Lima, de 17 anos, morava no bairro do Valo Velho, extremo sul na capital paulista, e participava das atividades da ONG Lar das Crianças (entidade ligada à CIP — Congregação Israelita Paulista), quando descobriu a possibilidade de concorrer a uma bolsa de estudos na St. Paul's School. Hoje, o adolescente é um dos nove que conseguiram passar pelo rígido processo seletivo da instituição.

"A proposta é ampliar a diversidade e inclusão entre os estudantes da escola e dar oportunidades aos talentos tanto de escolas da rede pública como particulares", explica Carolina Righi, da Fundação St Paul's, responsável por prover as bolsas de estudo.

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Antonio estudou na rede pública até o 9º ano do ensino fundamental. No contraturno das aulas, participava das atividades oferecidas pelo Lar das Crianças. "Saía da escola e almoçava na lá, depois, tinha aulas de fotografia e música e participava das turmas do judô", conta. "Fiquei sabendo da possibilidade de bolsa por meio de um grupo de alunos do St Paul's, que estava ali para realizar um trabalho voluntário."

Sem criar expectativas, o adolescente fez a inscrição. O processo seletivo é longo e criterioso. Primeiro, os alunos precisam ter um bom histórico escolar e conhecimentos de inglês.


"O ponto fundamental é a determinação, precisamos ver a vontade do candidato em estudar na escola", observa Carolina.

Todo o processo seletivo começa no mês de fevereiro, quando os interessados devem preencher um formulário e enviar os documentos. Após análise, a segunda etapa consiste em uma visita ao colégio e dinâmicas de grupo. Passada essa fase, os candidatos passam por entrevistas individuais e depois terão um ano de imersão em inglês, curso preparatório e entrevista com as famílias. "Depois de todo esse processo, saberemos se o aluno está preparado para ingressar em uma escola internacional e se tem interesse, muitos não se adaptam", destaca Carolina.


"Conforme eu fui passando cada etapa, passei a acreditar mais em mim e gostei muito de participar do curso preparatório, que é uma imersão na escola, porque é um choque de realidade", lembra. "E depois de todo esse processo, percebi que a adaptação tanto aos conteúdos como aos colegas foi muito mais simples do que imaginei."

Fundo

Para garantir as bolsas de estudos integral, a escola britânica criou um Fundo Patrimonial, que tem como meta atingir 10% de alunos bolsistas em seu senior school, equivalente aos anos do ensino fundamental 2 e ensino médio brasileiros. A iniciativa conta com o suporte do Conselho de Administração da Fundação Anglo Brasileira de Educação e Cultura de São Paulo (FABEC), entidade sem fins lucrativos que dá nome à escola. 


Por meio da fundação, o colégio já possui um programa de bolsas integrais a jovens talentos de famílias que não podem arcar com os custos de uma instituição internacional.

Fundo Patrimonial também oferece assistência temporária aos pais da escola que, eventualmente, enfrentem uma dificuldade financeira.

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