Estudantes de uma escola particular de Santo André, em São Paulo, não apenas levaram medalhas na OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica) na modalidade apresentação como incentivaram meninas de uma escola pública da região a participar do projeto.
Gabriela Zangrando Miranda, Livia Tomageski Zuim, Rafaela Yumi Gonçalves Godoy e Tarsila Schultheis Trevisan Assolini, todas alunas do 7º ano, com apenas 12 anos, apresentaram o projeto de um robô seguidor de linha, muito utilizado pela indústria, na OBR.
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A equipe se classificou para o nacional após iniciar um projeto de pesquisa em robótica para promover a interação da comunidade escolar com a ciência. A proposta começou a ser posta em práticano colégio em junho deste ano. As alunas criaram um robô que anda sobre uma linha no solo. Os presentes na festividade tinham que acertar em qual casa o robô iria parar dentro do espaço criado para o trajeto, com várias opções de destino.
Na primeira fase, a própria organização do evento sugeriu que as estudantes compartilhassem o conhecimento com outras meninas, como uma forma de incentivar a participação feminina na competição.
O grupo decidiu que o ideal seria dividir o conhecimento com meninas de uma escola estadual da região. Coube ao professor de ciências, biologia e robótica do colégio Stocco, Luis Gustavo Alves, fazer a ponte com a direção da escola estadual Galeão Carvalhal, também em Santo André, para que as estudantes pudessem realizar oficinas de robótica.
"Nós organizamos oficinas de robótica para as alunas do 6º ano, a ideia era divulgar a ciência e mostrar que robótica é para todos", diz Gabriela Zangrando Miranda. "Houve uma troca, e fizemos amizade com as meninas. Gostaríamos que elas participassem da apresentação na OBR, que é uma experiência muito boa, quando os grupos se encontram e há troca de experiências", completa Tarsila Schultheis Trevisan Assolini.
A conquista da medalha chamou a atenção de outros estudantes das duas escolas, e mais alunos se interessaram em participar e desenvolver projetos.
Para darem sequência às aulas de robótica, as medalhistas fizeram uma vaquinha e, com o dinheiro arrecadado, conseguiram comprar dez kits de robótica e placas Arduino para programação. A ideia é retomarem as oficinas na segunda quinzena de fevereiro com as meninas que participaram neste ano e com novas alunas do 6º ano.