Fapesp amplia colaboração com as universidades britânicas de Birmingham e de Surrey
Objetivo é apoiar a implementação de projetos conjuntos de pesquisa em temas de interesse comum e intercâmbio de conhecimento e resultados
Educação|Da Agência Fapesp
Dirigentes da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) assinaram na última terça-feira (19), no Reino Unido, acordos de cooperação com representantes das universidades de Birmingham e de Surrey. O objetivo é apoiar a implementação de projetos conjuntos de pesquisa em temas de interesse comum e intercâmbio dos conhecimentos e resultados.
“Foi uma excelente oportunidade para retomar contato com as universidades do Reino Unido, parceiras tradicionais das instituições de pesquisa paulistas. Havia muita expectativa sobre o futuro da colaboração após o período de pandemia. As iniciativas relacionadas com a biodiversidade, as energias renováveis, as mudanças climáticas e em especial aquela relacionada com a pesquisa na Amazônia foram recebidas com entusiasmo”, disse Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, na cerimônia de assinatura realizada em Londres.
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Para Amelia Hadfield, reitora internacional da Universidade de Surrey, a renovação do acordo de colaboração com a Fapesp “celebra nosso compromisso contínuo” com universidades e instituições de pesquisa do Estado de São Paulo.
Robin Mason, pró-vice-chanceler (internacional) da Universidade de Birmingham, lembrou que, em 2010, o Brasil se tornou “ponto focal” do engajamento global da instituição. "Nosso engajamento com o Brasil se sustenta de várias formas, das quais uma das mais importantes é o nosso trabalho com a Fapesp. Graças a essa parceria, 62 auxílios e bolsas foram apoiados nos últimos dez anos, em diversas áreas acadêmicas, incluindo doenças infecciosas, engenharia e infraestrutura, padrões internacionais de relatórios financeiros e cidades sustentáveis, para citar apenas algumas. Com a renovação do nosso acordo, esperamos apoiar mais colaboração na próxima década e fortalecer nossa parceria com a Fapesp", disse.
O acordo prevê o apoio à organização de seminários científicos e tecnológicos, de workshops especializados, simpósios e de outras reuniões científicas que promovam a interação entre instituições e grupos de pesquisa relevantes para ambos os países, com o objetivo de identificar futuras áreas para cooperação. Estão previstas, ainda, atividades de intercâmbio científico que ajudem a preparar a base para a elaboração de projetos de pesquisa cooperativos entre equipes do Estado de São Paulo e das duas universidades britânicas.
“Colaborações com universidades como Birmingham e Surrey são muito vantajosas para os pesquisadores do Estado de São Paulo, pois, além de se tratar de centros de excelência, ambas planejam cofinanciar com a Fapesp projetos de pesquisa de pequeno porte”, disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da Fundação. “Esses pequenos projetos, além de entregarem pesquisa relevante por si mesmos, podem ajudar a desenvolver iniciativas maiores e mais ambiciosas, que poderão ser submetidas para financiamento em fundos mais robustos, como o acordo de financiamento UKRI/Fapesp, dentre outros”, disse.
Este é o terceiro acordo entre Fapesp e Universidade de Birmingham, que desde 2001 apoiam conjuntamente o desenvolvimento de pesquisas realizadas por cientistas do Estado de São Paulo em colaboração com colegas da instituição britânica.
Por meio dos acordos, Fapesp e Universidade de Birmingham já lançaram quatro chamadas de propostas, que resultaram na seleção e apoio a 24 projetos de pesquisas nas mais variadas áreas do conhecimento.
Com a University de Surrey, a FAPESP mantém colaboração desde 2010. A parceria resultou, até o momento, em nove chamadas de propostas, conjuntas ou por meio do programa São Paulo Researchers in International Collaboration (SPRINT). Dezoito projetos de pesquisa em várias áreas já foram selecionados e apoiados por meio das chamadas.
Birmingham e Surrey
Fundada em 1900, a Universidade de Birmingham representou um novo modelo para o ensino superior na Inglaterra, sendo a primeira universidade situada em uma grande cidade e voltada especificamente para jovens moradores da região. Hoje internacional, a universidade recebe anualmente mais de 30 mil estudantes de todo o mundo em Birmingham e no novo campus de Dubai.
Com dez ganhadores do Nobel entre acadêmicos, pesquisadores e ex-alunos, a Universidade de Birmingham contribuiu para algumas das maiores descobertas da ciência, incluindo nos últimos tempos o Bóson de Higgs e as ondas gravitacionais. A Universidade de Surrey foi fundada em 9 de setembro de 1966, mas suas raízes remontam a uma preocupação do fim do século 19 de fornecer maior acesso à educação superior para os habitantes mais pobres de Londres.
No ano letivo de 2020-21, a universidade tinha mais de 16 mil alunos. Cerca de um terço dos estudantes em Surrey são de fora do Reino Unido, demonstrando tanto a diversidade do corpo discente como a reputação internacional da instituição.