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Educação

Fui mal no Enem e agora? É hora de manter a calma e esperar a nota

Método de correção pelo TRI e redação fazem diferença no resultado; professores orientam a descansar e aguardar o Sisu

Educação|Do R7

Hora de descansar
Hora de descansar

Com a divulgação do gabarito oficial pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) muitos estudantes ficam preocupados com o desempenho na prova, a principal porta de entrada para as universidades brasileiras.

A primeira dica é manter a calma. O Inep, responsável pela aplicação do exame, usa o método da TRI (Teoria de Resposta ao Item) e as notas variam conforme os acertos e erros dos participantes em cada prova. Dois candidatos podem ter o mesmo número de acertos e notas diferentes.

Além disso, a nota da redação tem um peso grande na nota final. A nota máxima da redação é de mil pontos que é somada à média do gabarito. Na prática, uma boa redação pode elevar e muito a nota final. 

"Muitas vezes, o aluno tem a percepção de que foi mal no Enem e ele precisa ter consciência de que é só uma percepção", observa Madson Molina, coordenador do curso Anglo. "Como o Enem usa a TRI, por mais que o aluno ache que acertou poucas questões, pode ter acertado as questões de relevância e, eventualmente, ter um resultado maior do que espera." 


A nota final só será divulgada no dia 13 de fevereiro de 2023, mas, até lá, o que fazer para controlar a ansiedade? 

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"Se for participar de outros vestibulares, a dica é continuar estudando porque o que vale é o resultado: se o estudante participou de cinco vestibulares sendo aprovado em um, significa que ele ganhou o jogo", destaca Molina.


Vale lembrar que o Enem não é o vestibular ainda, só vale como vestibular quando estiver na plataforma do Sisu (Sistema de Seleção Unificado). "Em linhas gerais, na plataforma do Sisu as universidades federais dão pesos diferentes às cinco notas de TRI, caso tenha ido mal em ciências da natureza e foi melhor em redação, o candidato pode pleitear uma vaga em uma universidade que dê um peso maior à redação." A régua de competitividade só vai acontecer na plataforma do Sisu, o calendário ainda não foi divulgado pelo MEC (Ministério da Educação). 

Molina sugere que os estudantes pesquisem maneiras de usar a nota do Enem, como o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante), uma forma de financiamento em instituições de ensino superior privadas. O Prouni (Programa Universidade para Todos) oferece bolsas de 50% a 100% em instituições privadas para estudantes de baixa renda.


Além disso, universidades privadas aceitam a nota do Enem para o ingresso. Vale pesquisar quais são as universidades estrangeiras que aceitam a nota do exame para o ingresso. 

A professora Fernanda Pessoa lembra que passamos pelo isolamento social e ensino remoto, "viemos de anos atípicos e de ensino desigual, o Enem passou, muitos não se deram bem, o que é normal, e a dica é não desistir."

"O primeiro ponto é passar pela fase de luto, se perdoar pelo processo, entender que fez o melhor que pôde dentro das circunstâncias", diz. "Tudo fica mais leve quando a gente se respeita e descansa."

Se não for encarar outras provas nos próximos dias, o estudante deve descansar e se organizar para o ano que vem. "Vale começar a pensar se vai fazer cursinho, se vai tentar uma bolsa ou se é possível estudar pela internet, mas só comece esse processo em fevereiro, com um cronograma de estudos com metas possíveis, que vão permitir um rendimento melhor", conclui. 

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