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Educação

Governo americano anuncia investimentos em educação e cultura no Brasil

Programas vão atender estudantes interessados em programas voltados para a Amazônia, além de apoio ao restauro da Casa da Glória, em Diamantina

Educação|Karla Dunder, do R7

Lee Satterfield, secretária adjunta para assuntos de educação e cultura dos Estados Unidos
Lee Satterfield, secretária adjunta para assuntos de educação e cultura dos Estados Unidos

Conectar culturas e promover trocas entre as pessoas de diferentes países estão entre os principais objetivos do governo norte-americano ao anunciar investimentos em projetos voltados para a educação e cultura no Brasil. A secretária adjunta para assuntos de Educação e Cultura do departamento de Estado dos EUA, Lee Satterfield, visitou o país para conhecer as ações desenvolvidas em São Paulo e Rio de Janeiro e conversou com o R7 sobre os novos programas. 

Na terça-feira (12), a embaixada americana, por meio do U.S. Ambassador’s Fund for Cultural Preservation (AFCP), anunciou um investimento de US$ 235.000,00 (R$ 1.264.300,00) à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) para o restauro da Casa da Glória — uma construção do século 18, localizada na cidade histórica de Diamantina, além da preservação dos arquivos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul.

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"Essa ação faz parte da política do governo dos Estados Unidos em preservar a história, investimos em ações como esta em outros países também, sempre em parceria com instituições", explica Lee Satterfield. "No Brasil, já investimos em outras obras como o restauro do museu de artes em parceria com a Biblioteca do Congresso em Washington DC. e no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro."

O Cais do Valongo é um importante sítio arqueológico localizado na região portuária do Rio de Janeiro e reúne peças e objetos que remontam o período da diáspora africana. Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), quase um quarto dos africanos escravizados nas Américas foram trazidos para o Brasil e 60% entraram pelo Rio de Janeiro.


"Nós ajudamos na parte das escavações. Este é um sítio arqueológico muito importante, nos lembra das semelhanças que temos na história dos nossos países, com um passado associado à escravidão", diz. "É muito importante lembrar do passado para que ele não se repita. Essa é uma das razões pelas quais os Estados Unidos investem na preservação do patrimônio porque é parte da história das pessoas e parte da cultura."

Casa da Glória, em Diamantina, passará por um processo de restauração
Casa da Glória, em Diamantina, passará por um processo de restauração

Nesta mesma linha, "restaurar a Casa da Glória, que faz parte do Patrimônio Cultural da Unesco, significa devolver parte da história, incentivar a economia local por meio do turismo e gerar empregos."


Amazônia

Seguindo o mote de conectar pessoas, dois programas foram anunciados com foco na Amazônia. O primeiro é o Fulbright Amazonia Initiative que selecionará pesquisadores, líderes e profissionais do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, além dos Estados Unidos.

Os pesquisadores vão trabalhar conjuntamente em pesquisas aplicadas multidisciplinares que visem apoiar a integridade do ecossistema e a biodiversidade, consequentemente melhor a qualidade de vida das comunidades locais.


Esse programa terá 18 meses de duração e receberá um investimento de US$ 1 milhão (R$ 5.438.400,00), co-financiado pelo governo americano e a Comissão Fulbright Brasil. Entre agosto e setembro de 2022, será lançado o edital para selecionar os pesquisadores de todos os países participantes.

"Este programa representa bem a proposta do presidente Biden de conectar pessoas, promover a troca de experiências entre pesquisadores de dois países, construir relações mútuas para encontrar soluções às mudanças climáticas", observa. "

Já o programa Access Amazon deve ensinar o inglês para 140 indígenas, de 18 a 35 anos, residentes em um dos estados da Amazônia Legal. O curso online está marcado para ter início em setembro deste ano e vai até junho de 2023. As inscrições estão abertas até o dia 25 de julho.

"Acreditamos que ensinar inglês para as comunidades locais é um caminho para que essas pessoas se insiram na economia global, abre portas e traz benefícios a elas, não apenas para elas, mas para todos", avalia.

O programa é uma iniciativa da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório Regional de Ensino de Língua Inglesa e tem um investimento de US$ 145.000,00 (R$ 787.020,00). A implementação fica por conto do Grupo +Unidos, com apoio estratégico da Plataforma Parceiros pela Amazônia.

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