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IBGE aponta desigualdade de acesso à internet entre estudantes

Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o celular é meio utilizado pelos alunos de todas as redes

Educação|Karla Dunder, do R7

Estudantes de todas as regiões e classes sociais acessam a internet pelo celular
Estudantes de todas as regiões e classes sociais acessam a internet pelo celular Estudantes de todas as regiões e classes sociais acessam a internet pelo celular

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso de televisão e internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e apontam que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à internet que aqueles da rede pública.

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A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que ficaram mais evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs isolamento social e ensino remoto. De acordo com os dados da Pnad de 2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a internet. No entanto, a pesquisa aponta uma diferença social: 98,4% dos estudantes da rede privada tiveram acesso à rede e este percentual entre os estudantes da rede pública de ensino foi de 83,7%.

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A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas regiões Norte e Nordeste o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente, nas demais regiões este percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância fica ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são analisados, o percentual de uso ficou acima de 95,0% em todas as regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste".

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O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os estudantes tanto na rede pública (96,8%) quanto na rede privada (98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse do aparelho. Nas escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso pessoal, este percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença ocorreu na região Norte, apenas 47,5% de estudantes da rede pública tinham o próprio aparelho celular.

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Do total de estudantes que tinham aparelhp celular para uso pessoal no país, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à Internet neste aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%).

A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é o computador — 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador, este percentual era apenas 43,0% entre os estudantes da rede pública.

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O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos estudantes da rede privada, sendo este percentual o dobro do apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes.

Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da Internet foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede privada, o maior percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de texto, voz ou

imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%).

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