MEC e Ministério da Saúde lançam edital do Mais Médicos com 5.700 vagas para cursos de medicina
Serão abertas 2.000 vagas para expansão de cursos já existentes em universidades privadas e mais 2.000 vagas para federais
Educação|Do R7

A Comissão Interministerial composta do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (4), o novo edital do Programa Mais Médicos para a abertura de novos cursos de medicina.
O edital deste ano — o terceiro desde a criação do programa, em 2013 — abre a possibilidade de 5.700 vagas para novos cursos de medicina, além de 2.000 vagas para expansão de cursos já existentes em universidades privadas e mais 2.000 vagas para universidades federais (seja para expansão em cursos existentes ou criação de novos cursos).
O objetivo principal é que haja uma desconcentração geográfica da oferta de cursos de medicina, levando a uma interiorização dos profissionais em regiões menos abastecidas de médicos e a fixação deles nesses locais após a graduação. Por isso, a residência médica é um dos pontos de atenção no programa.
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A meta do governo é alcançar, em dez anos, o indicador recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 3,3 médicos por mil habitantes. Nos cálculos da comissão interministerial, para chegar a esse patamar, precisam ser abertas 10 mil vagas de medicina no país em uma década.
Para isso, foram definidas 116 regiões de saúde (das 450 regiões brasileiras) em que os cursos de medicina privados poderão ser abertos, a partir dos seguintes critérios: média menor do que 2,5 médicos por mil habitantes; pelo menos um hospital com 80 leitos; e capacidade e infraestrutura para abrigar cursos de medicina para pelo menos 60 vagas. Foram excluídas as regiões de saúde onde há planejamento de expansão pelas universidades federais.
As Instituições de Ensino Superior (IES) poderão apresentar propostas para disputar a abertura de cursos conforme as regras do edital. Cada mantenedora de IES poderá apresentar no máximo duas propostas, uma por unidade federativa.
Instituições de Ensino Superior cadastradas há mais de 20 anos não precisarão de comprovação de capacidade financeira. O objetivo dessa regra, segundo o ministro da educação Camilo Santana, é evitar a concentração de instituições "para dar oportunidade para todos". Há ainda o limite de 60 vagas por curso.
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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou os cursos mais concorridos do vestibular deste ano. Medicina, como sempre, é o primeiro deles, com 295 candidatos por vaga. A instituição registou um aumento de 5% no número de inscritos. São 64.705 estudantes para 2.537 chances. Já o percentual de estudantes autodeclarados pretos e pardos (20,5%), oriundos de escola pública (30,7%) e optantes pelas cotas étnico-raciais (12,2%) é o maior dos últimos anos. Também houve crescimento de candidatos de outros estados do país, especialmente em Fortaleza e Salvador, em que o crescimento foi de 36% e 24%, respectivamente. Somente Curitiba teve queda de candidatos, passando de 792 para 583 neste ano. CONFIRA TAMBÉM: Mau ou mal? Professor fenômeno da internet aponta os sete erros de grafia mais comuns do português







