MEC volta atrás e enviará nova carta para as escolas
Ministro Ricardo Vélez Rodríguez retirou o slogan de campanha e pede que as instituições peçam autorização dos pais para filmar as crianças
Educação|Karla Dunder, do R7
Após polêmica, ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anuncia por meio da página do Ministério da Educação na internet que enviará nesta terça-feira (26) uma nova carta para as escolas, com um pedido de cumprimento voluntário para que seja lida no primeiro dia letivo deste ano.
A carta foi revisada a pedido do ministro, que reconheceu "o equívoco, tendo sido retirado o trecho também utilizado durante o período eleitoral". Segundo o MEC, o texto a ser enviado será o seguinte:
"Brasileiros! Vamos saudar o Brasil e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração."
No e-mail em que a carta revisada será enviada, pede-se, ainda, que, após a sua leitura, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
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Ainda segundo informações do MEC, "para os diretores que desejarem atender voluntariamente o pedido do ministro, a mensagem também solicita que um representante da escola filme (com aparelho celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino. A gravação deve ser precedida de autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável". A atividade, de acordo com o Ministério, faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.
Polêmica
O Ministério da Educação (MEC) mandou na segunda-feira (25) para todas as escolas do país um e-mail pedindo que as crianças sejam perfiladas para cantar o hino nacional e que o momento seja gravado em vídeo e enviado para o governo.
O e-mail pedia ainda que seja lida para elas uma carta do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que termina com o slogan do governo "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos."
A carta foi enviada para escolas públicas e particulares do país e muitos diretores chegaram a pensar se tratar de fake news ou vírus.