A pandemia do novo coronavírus causou um verdadeiro rebuliço no calendário de vestibulares e exames. O MEC (Ministério da Educação) adiou as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e as principais universidades de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) também sinalizaram que devem mudar as datas dos vestibulares. Diante desse cenário, especialistas orientam os estudantes a fazer a inscrição para os vestibulares e manter o ritmo de estudos.
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Mayra Ivanoff Lora, diretora pedagógica do Colégio Bandeirantes, destaca que é difícil garantir qualquer coisa em um período de instabilidade como este. "Mas o estudante deve se inscrever nos vestibulares em que tem interesse, melhor estar inscrito a perder as provas", orienta.
Para ela, toda a incerteza do momento reflete diretamente nos estudantes. "Por mais difícil que seja, é hora de manter a calma e tentar, na medida do possível, seguir na normalidade."
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É importante que os alunos sigam um calendário e uma rotina de estudos. "Manter um cronograma de estudo é fundamental para que o estudante não se perca, saber equilibrar as atividades para não estudar só o que gosta ou só o que tem dificuldade", diz. "Importante, neste momento, estar aberto e entender que é um tempo de planejar e replanejar, que cada notícia nova pode mudar tudo."
Resiliência é a palavra para o momento. Maira Mariano, professora de Estudos da Linguagem e Literatura Portuguesa da São Judas, destaca que o adiamento do Enem era necessário. "Sabemos que muitos estudantes não têm acesso à internet, nem sempre é fácil acompanhar as aulas pela TV, esse tempo permite uma organização melhor".
"O coronavírus acentuou a situação de desigualdade entre estudantes", avalia. "Mesmo com as dificuldades, os candidatos devem procurar manter o foco, ter disciplina e, dentro do possível, continuar estudando."
A indefinição de uma nova data para o Enem atrapalha o calendário de outras universidades e, também, do ano letivo de 2021. Isso porque quando o Enem ocorre em novembro, há ainda cerca de dois meses para que as provas sejam corrigidas e as vagas sejam liberadas no Sisu, o que ocorre em janeiro. Caso a prova seja adiada por 60 dias, o Enem seria em janeiro e as aprovações só sairiam em março ou abril, já que há sempre mais de uma lista.