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Pesquisa: 58% dos universitários estão insatisfeitos com a instituição

Sensação é a de um ano letivo perdido, apesar do esforço dos alunos para se manterem matriculados e estudando durante o ano de 2020

Educação|

Estudantes não têm informações claras sobre o retorno às aulas presenciais
Estudantes não têm informações claras sobre o retorno às aulas presenciais Estudantes não têm informações claras sobre o retorno às aulas presenciais

No mês de setembro, o Fala!Universidades, maior startup especializada em universitários do País, entrevistou alunos de 17 a 25 anos de 56 universidades públicas e privadas das cinco regiões do Brasil para avaliar a satisfação dos universitários em relação ao ano letivo durante a pandemia, além de suas relações com as instituições neste período.

Ao longo do ano, muito foi discutido sobre o retorno das aulas presenciais, desde o posicionamento das instituições de ensino em relação a seus planos de ação e a qualidade do ensino remoto aplicado, até a efetividade da comunicação e da relação entre estudantes e suas universidades.

Ana Paula Jaume Nadal Pupo, aluna de Jornalismo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), explica o modelo de ensino a distância aplicado pela sua universidade:

— A UFRJ adotou o PLE (Período Letivo Excepcional). Na prática, a dinâmica de ensino acaba sendo um pouco diferente. O semestre não é do tipo convencional e está sendo curto. Acredito que tenham algumas lacunas neste formato remoto de ensino, como o fato de só termos 1h40 de aula de cada disciplina por semana. Entendo que essa carga horária poderia ser maior, tanto para o professor passar a matéria quanto para nós, estudantes, absorvermos o conteúdo e aproveitarmos mais o que a faculdade pode oferecer. Nas aulas, há vezes em que os professores não conseguem concluir a ementa do encontro, mas vejo uma grande preocupação e empenho deles em manter a turma sempre atualizada, bem informada e motivada. Tenho aulas segunda-feira, de manhã e à noite, e quarta-feira pela manhã, totalizando 5 horas de aula por semana.

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Quando questionados sobre o plano de reabertura de suas faculdades, 51% dos universitários afirmaram que suas universidades não possuem um plano de reabertura ou que desconhecem/não foram informados sobre este plano. 26% afirmam que suas universidades possuem um plano de reabertura, mas que não concordam com ele. Este número de universitários que discordam do plano de reabertura de suas universidades diverge bastante quando agrupados como alunos de entidades privadas e públicas: enquanto apenas 15.2% dos alunos de faculdades públicas discordam dos planos de suas instituições, esse número é de 29.5% entre os alunos de faculdades privadas.

Questionados sobre o retorno das aulas presenciais, 58% afirmam que não sabem quando isso ocorrerá. Outros 28% afirmam que suas aulas só retornarão em 2021, no próximo ano letivo.

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A sensação, para muitos universitários, é de um ano letivo perdido. Todo o esforço de se manterem matriculados e estudando foi jogado fora. Assim afirma Gabriella Camilly de Paiva Lima, estudante do primeiro período na UFG (Universidade Federal de Goiás): “Basicamente foi um ano letivo perdido. Eu deveria estar no segundo período mas, com esse atraso, ainda estou no início do primeiro. Não é uma perda total, mas muito menos um avanço significativo se comparado ao que deveria ter sido.”

Assim como Gabriella, 46% dos universitários entrevistados dizem não estar satisfeitos com o plano de ação de suas universidades durante a pandemia. Mas este número também diverge quando dividimos os entrevistados em grupos de faculdades privadas e públicas: 29% dos alunos de faculdades públicas apontam insatisfação com o plano de ação de suas instituições, enquanto entre alunos de faculdades privadas esse número é de 51%.

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