Educação Prazo para inscrições de faculdade para cientistas termina nesta sexta-feira (16) 

Prazo para inscrições de faculdade para cientistas termina nesta sexta-feira (16) 

Ilum é uma instituição gratuita e voltada para a pesquisa; oferece laboratório de ponta e aulas perto do acelerador de partículas Sirius

Agência Estado
Classes avançadas de física, biologia, química e matemática são integradas na faculdade

Classes avançadas de física, biologia, química e matemática são integradas na faculdade

Julia Koblitz/ Unsplash

Estudar para se tornar cientista e ter aulas perto do Sirius, acelerador de partículas e a maior obra brasileira para pesquisa. Parece história de cinema ou de livro, mas é realidade para quem ingressa na Ilum, faculdade gratuita em Campinas (SP) vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mantida por um repasse anual de cerca de R$ 8 milhões do Ministério da Educação.

Inaugurada em 2021, a escola promete abordagem inovadora, com foco em pesquisa e contato direto com laboratórios e equipamentos de ponta. O bacharelado em ciências e tecnologia tem três anos: os dois primeiros são de aulas teóricas e práticas, mas no segundo semestre os alunos já podem fazer pesquisas. Há classes avançadas de física, biologia, química e matemática, em um modelo interdisciplinar. Já o terceiro ano é para desenvolver projetos no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). "Só há outros três laboratórios no nível do Sirius no mundo e nenhum deles tem uma faculdade de graduação ligada a ele", diz Adalberto Fazzio, diretor da Ilum e membro da Academia Brasileira de Ciências. "A escola é ímpar no mundo." A Ilum está com inscrições abertas até hoje. Oferece moradia, notebook, vale-refeição e vale-alimentação ao aluno, além de aulas de inglês gratuitas a interessados.

Alunos

A proposta chamou a atenção da estudante Isadora Marcondes, de 20 anos, da primeira turma da Ilum, que começou em março. "Não tinha nada do currículo que eu não gostaria de fazer." A metodologia é voltada para que o estudante seja "protagonista do conhecimento": aulas expositivas são pequenos seminários, com debate e resolução de problemas pelos próprios alunos, que devem estudar previamente o tema. "Estudei a vida toda no método tradicional, com provas. Aqui o ensino é mais individualizado, exigindo mais do que só prestar atenção às aulas. Foi um choque de realidade", diz.

A primeira turma reúne 40 alunos — obrigatoriamente, metade deve ter cursado o ensino médio na rede pública. Foram 943 inscritos, concorrência de quase 24 por vaga. Na sala de Isadora há mais 18 mulheres — participação feminina maior do que a observada nas universidades e centros de pesquisa do país, sobretudo em cargos mais altos. Fazzio diz que não há reserva de vagas por gênero. Há alunos de 11 estados, de todas as regiões do país.

João Carâmes veio de Ananindeua (PA). Ele se mudou para estudar física em uma universidade federal até que foi informado sobre a escola do CNPEM por uma professora. "Quando soube da oportunidade da Ilum, considerando a estrutura e a grade curricular, já vi que era algo diferente", afirma. Na carta em que enviou durante o processo seletivo, escreveu o que gostaria de aprender e a forma como queria ter aprendido. "Funcionou para mim, mas não existe fórmula pronta", afirma. Apesar da rotina puxada, ele garante que dá tempo para se divertir: costuma sair nos fins de semana, jogar videogames e ler livros. "Qualquer universidade é difícil. A nossa não seria diferente."

Carâmes e Isadora moram em flats cujo aluguel é pago pela Ilum. Um ônibus gratuito leva os estudantes ao câmpus. A parte da manhã é dedicada a aulas teóricas. Depois do almoço, oferecido gratuitamente, os estudantes têm aulas práticas. A ida ao CNPEM começa no primeiro semestre, ao menos uma vez por semana, quando os alunos podem acompanhar as pesquisas que já estão em andamento.

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Processo seletivo

Para se inscrever, o aluno deverá submeter, no site oficial (https://ilum.cnpem.br/), uma redação em que dirá os motivos pelos quais deseja estudar na Ilum. Depois, em fevereiro, o interessado apresenta a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A junção das duas notas funciona como a primeira fase do processo seletivo, em que 200 alunos são aprovados. Medalhas de participação em olimpíadas do conhecimento ou concursos similares acrescentam pontos aos candidatos.

Na segunda fase, os jovens passam por entrevista. Não há limite de idade para participar da seleção. "Não é só responder a questões. A gente avalia a criatividade, a capacidade de resolver conflitos, de dialogar, de interagir", afirma Fazzio.

  • O segundo semestre é o momento para revisar o conteúdo do ensino médio com foco no vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para facilitar a vida dos estudantes, o R7 traz uma lista com sete filmes que ajudam a entender História sem decoreba. Confira: 
  • 1 - Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995) — Aborda a vinda da família real portuguesa em 1808 e no centro da trama estão Dom João VI e sua esposa espanhola Carlota Joaquina. A adaptação da metrópole em terras coloniais e os personagens históricos envolvidos são o tema dessa sátira histórica que pode ajudar o aluno a entender a importância do evento para o processo de independência que viria acontecer anos depois
  • 2 - A Viagem de Pedro (2022) — No ano da celebração do bicentenário da Independência, o diretor do filme, Luiz Bolognesi, se propõe a desconstruir a figura do primeiro imperador. A narrativa se passa na viagem de volta para Portugal, quando Dom Pedro enfrentará seu irmão Dom Miguel e reflete sobre episódios da sua vida no Brasil, incluindo partes a respeito da Independência e do Primeiro Reinado. Há momentos de reflexão sobre a ação política do imperador, assim como sobre sua vida pessoal
  • 3 - Desmundo (2002) — Os primeiros anos da colonização do Brasil são lembrados pela instalação da empresa açucareira, época dos senhores de engenho e estabelecimento das rígidas regras do Pacto Colonial. O filme se passa em 1560 e acompanha a história fictícia de Oribela, jovem órfã portuguesa enviada ao Brasil para se casar com um senhor de engenho. Sem romantizar a época, a condição feminina é retratada nos momentos de construção do patriarcalismo no Brasil. O filme apresenta a sociedade do açúcar, baseada no poder concentrado pelos grandes produtores rurais que possuíam em seu domínio terras, riquezas, escravizados e suas famílias. Os contatos e a tensão entre indígenas, escravizados e portugueses degredados estão presentes na narrativa. Houve também o cuidado da direção de manter parte do português falado no século 16, e serve como uma boa referência à sociedade estratificada construída em torno dos engenhos
  • 4 - Doutor Gama (2021) —  A cinebiografia de Luís Gama mostra a importância do personagem na luta abolicionista no Brasil. Luís Gama tentou cursar Direito na faculdade do Largo São Francisco, mas não foi aceito por ser negro. Ele atuou como rábula, atuava como advogado mesmo sem diploma, e que lutava para conseguir a liberdade dos negros escravizados e da população branca empobrecida.  O filme é importante, por ressaltar o protagonismo dos negros no processo de abolição, mas também ajuda a entender a questão da escravidão pela perspectiva jurídica, ajudando a relembrar as leis que encerraram esse capítulo da História do Brasil
  • 5 - Quanto vale ou é por quilo? (2005) — Se baseia no conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, para pensar as relações ao longo da história do país a partir de pequenos contos e pequenas histórias privadas que mostram como as relações sociais no Brasil contemporâneo são frutos diretos de práticas escravistas, que vieram desde o período colonial. Além disso, mostra como as elites exercem o poder independente da lei
  • 6 - Olga (2004) — Baseada na obra de Fernando Morais, o filme conta a história da alemã Olga Benário, esposa de Luis Carlos Prestes e militante comunista. A obra se passa durante o Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas,  e tem como pano de fundo o complicado contexto internacional (parte do filme se passa em Moscou, outra em Revensbrück), mesclando com a situação do Brasil em um período de ambiguidade política do Vargas e a aspirações do Partido Comunista no Brasil. Seguindo a narrativa da personagem título, a obra ajuda a compreender vários temas importantes: Getúlio, Segunda Guerra e Holocausto. Também é importante para compreender as oscilações do Estado Novo e seu aparato policial
  • 7 - O Dia Que Durou 21 Anos (2012) — O documentário reúne um conjunto de vídeos e áudios da época para mostrar como se deu o golpe que derrubou o presidente João Goulart do poder e como foi a participação dos Estados Unidos, principalmente a atuação do embaixador Lincoln Gordon. As indicações são dos professores de História Aluizio Torres, do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio e Raphael Amaral do Curso Anglo
  • O segundo semestre é o momento para revisar o conteúdo do ensino médio com foco no vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para facilitar a vida dos estudantes, o R7 traz uma lista com sete filmes que ajudam a entender História sem decoreba. Confira: 
  • 1 - Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995) — Aborda a vinda da família real portuguesa em 1808 e no centro da trama estão Dom João VI e sua esposa espanhola Carlota Joaquina. A adaptação da metrópole em terras coloniais e os personagens históricos envolvidos são o tema dessa sátira histórica que pode ajudar o aluno a entender a importância do evento para o processo de independência que viria acontecer anos depois
  • 2 - A Viagem de Pedro (2022) — No ano da celebração do bicentenário da Independência, o diretor do filme, Luiz Bolognesi, se propõe a desconstruir a figura do primeiro imperador. A narrativa se passa na viagem de volta para Portugal, quando Dom Pedro enfrentará seu irmão Dom Miguel e reflete sobre episódios da sua vida no Brasil, incluindo partes a respeito da Independência e do Primeiro Reinado. Há momentos de reflexão sobre a ação política do imperador, assim como sobre sua vida pessoal
  • 3 - Desmundo (2002) — Os primeiros anos da colonização do Brasil são lembrados pela instalação da empresa açucareira, época dos senhores de engenho e estabelecimento das rígidas regras do Pacto Colonial. O filme se passa em 1560 e acompanha a história fictícia de Oribela, jovem órfã portuguesa enviada ao Brasil para se casar com um senhor de engenho. Sem romantizar a época, a condição feminina é retratada nos momentos de construção do patriarcalismo no Brasil. O filme apresenta a sociedade do açúcar, baseada no poder concentrado pelos grandes produtores rurais que possuíam em seu domínio terras, riquezas, escravizados e suas famílias. Os contatos e a tensão entre indígenas, escravizados e portugueses degredados estão presentes na narrativa. Houve também o cuidado da direção de manter parte do português falado no século 16, e serve como uma boa referência à sociedade estratificada construída em torno dos engenhos
  • 4 - Doutor Gama (2021) —  A cinebiografia de Luís Gama mostra a importância do personagem na luta abolicionista no Brasil. Luís Gama tentou cursar Direito na faculdade do Largo São Francisco, mas não foi aceito por ser negro. Ele atuou como rábula, atuava como advogado mesmo sem diploma, e que lutava para conseguir a liberdade dos negros escravizados e da população branca empobrecida.  O filme é importante, por ressaltar o protagonismo dos negros no processo de abolição, mas também ajuda a entender a questão da escravidão pela perspectiva jurídica, ajudando a relembrar as leis que encerraram esse capítulo da História do Brasil
  • 5 - Quanto vale ou é por quilo? (2005) — Se baseia no conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, para pensar as relações ao longo da história do país a partir de pequenos contos e pequenas histórias privadas que mostram como as relações sociais no Brasil contemporâneo são frutos diretos de práticas escravistas, que vieram desde o período colonial. Além disso, mostra como as elites exercem o poder independente da lei
  • 6 - Olga (2004) — Baseada na obra de Fernando Morais, o filme conta a história da alemã Olga Benário, esposa de Luis Carlos Prestes e militante comunista. A obra se passa durante o Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas,  e tem como pano de fundo o complicado contexto internacional (parte do filme se passa em Moscou, outra em Revensbrück), mesclando com a situação do Brasil em um período de ambiguidade política do Vargas e a aspirações do Partido Comunista no Brasil. Seguindo a narrativa da personagem título, a obra ajuda a compreender vários temas importantes: Getúlio, Segunda Guerra e Holocausto. Também é importante para compreender as oscilações do Estado Novo e seu aparato policial
  • 7 - O Dia Que Durou 21 Anos (2012) — O documentário reúne um conjunto de vídeos e áudios da época para mostrar como se deu o golpe que derrubou o presidente João Goulart do poder e como foi a participação dos Estados Unidos, principalmente a atuação do embaixador Lincoln Gordon. As indicações são dos professores de História Aluizio Torres, do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio e Raphael Amaral do Curso Anglo

  • O segundo semestre é o momento para revisar o conteúdo do ensino médio com foco no vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Para facilitar a vida dos estudantes, o R7 traz uma lista com sete filmes que ajudam a entender História sem decoreba. Confira: 

    Divulgação Freepik

  • 1 - Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995) — Aborda a vinda da família real portuguesa em 1808 e no centro da trama estão Dom João VI e sua esposa espanhola Carlota Joaquina. A adaptação da metrópole em terras coloniais e os personagens históricos envolvidos são o tema dessa sátira histórica que pode ajudar o aluno a entender a importância do evento para o processo de independência que viria acontecer anos depois

    Divulgação

  • 2 - A Viagem de Pedro (2022) — No ano da celebração do bicentenário da Independência, o diretor do filme, Luiz Bolognesi, se propõe a desconstruir a figura do primeiro imperador. A narrativa se passa na viagem de volta para Portugal, quando Dom Pedro enfrentará seu irmão Dom Miguel e reflete sobre episódios da sua vida no Brasil, incluindo partes a respeito da Independência e do Primeiro Reinado. Há momentos de reflexão sobre a ação política do imperador, assim como sobre sua vida pessoal

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  • 3 - Desmundo (2002) — Os primeiros anos da colonização do Brasil são lembrados pela instalação da empresa açucareira, época dos senhores de engenho e estabelecimento das rígidas regras do Pacto Colonial. O filme se passa em 1560 e acompanha a história fictícia de Oribela, jovem órfã portuguesa enviada ao Brasil para se casar com um senhor de engenho. Sem romantizar a época, a condição feminina é retratada nos momentos de construção do patriarcalismo no Brasil. O filme apresenta a sociedade do açúcar, baseada no poder concentrado pelos grandes produtores rurais que possuíam em seu domínio terras, riquezas, escravizados e suas famílias. Os contatos e a tensão entre indígenas, escravizados e portugueses degredados estão presentes na narrativa. Houve também o cuidado da direção de manter parte do português falado no século 16, e serve como uma boa referência à sociedade estratificada construída em torno dos engenhos

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  • 4 - Doutor Gama (2021) —  A cinebiografia de Luís Gama mostra a importância do personagem na luta abolicionista no Brasil. Luís Gama tentou cursar Direito na faculdade do Largo São Francisco, mas não foi aceito por ser negro. Ele atuou como rábula, atuava como advogado mesmo sem diploma, e que lutava para conseguir a liberdade dos negros escravizados e da população branca empobrecida.  O filme é importante, por ressaltar o protagonismo dos negros no processo de abolição, mas também ajuda a entender a questão da escravidão pela perspectiva jurídica, ajudando a relembrar as leis que encerraram esse capítulo da História do Brasil

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  • 5 - Quanto vale ou é por quilo? (2005) — Se baseia no conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, para pensar as relações ao longo da história do país a partir de pequenos contos e pequenas histórias privadas que mostram como as relações sociais no Brasil contemporâneo são frutos diretos de práticas escravistas, que vieram desde o período colonial. Além disso, mostra como as elites exercem o poder independente da lei

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  • 6 - Olga (2004) — Baseada na obra de Fernando Morais, o filme conta a história da alemã Olga Benário, esposa de Luis Carlos Prestes e militante comunista. A obra se passa durante o Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas,  e tem como pano de fundo o complicado contexto internacional (parte do filme se passa em Moscou, outra em Revensbrück), mesclando com a situação do Brasil em um período de ambiguidade política do Vargas e a aspirações do Partido Comunista no Brasil. Seguindo a narrativa da personagem título, a obra ajuda a compreender vários temas importantes: Getúlio, Segunda Guerra e Holocausto. Também é importante para compreender as oscilações do Estado Novo e seu aparato policial

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  • 7 - O Dia Que Durou 21 Anos (2012) — O documentário reúne um conjunto de vídeos e áudios da época para mostrar como se deu o golpe que derrubou o presidente João Goulart do poder e como foi a participação dos Estados Unidos, principalmente a atuação do embaixador Lincoln Gordon. As indicações são dos professores de História Aluizio Torres, do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio e Raphael Amaral do Curso Anglo

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