Professor brasileiro leva projeto de tecnologia para feira internacional em Dubai
Eliandro Rezende dá aulas de mecatrônica industrial e projetos mecânicos na Fatec de Mogi Mirim e embarca para os Emirados Árabes nesta quarta (16)
Educação|Alex Gonçalves, do R7*
Eliandro Rezende da Silva é professor dos cursos de mecatrônica industrial e projetos mecânicos na Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) de Mogi Mirim, interior de São Paulo. Ele e o estudante Marcos Vinicius Silva Magalhães, 20 anos, embarcam nesta quarta-feira (16) para Dubai, nos Emirados Árabes para um desafio.
Os brasileiros conquistaram uma vaga para participar da Milset Expo-Sciences Ásia 2022, feira internacional de ciências e tecnologia, para apresentar o projeto "Orianna", uma assistente virtual acionada por comando de voz para pessoas com deficiência que utilizam cadeiras de rodas.
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O software funciona por comandos de voz e, além de permitir o controle do veículo, dá autonomia ao usuário ao desempenhar tarefas como acender a luz, ligar eletroeletrônicos, entre outras possibilidades, como a identificação de buracos e obstáculos no caminho, evitando acidentes.
"Nós participamos da Feira Internacional de Tecnologias para Inclusão, em La Matanza, na Argentina", conta Silva. "Por conta da pandemia, o evento ocorreu de forma virtual, mas nós ficamos em primeiro lugar, o que nos rendeu o credenciamento para a feira de Dubai."
O estudantes Marcos Vinicius Silva Magalhães explica que a criação do Orianna teve início há quatro anos, quando ele desenvolveu um assistente virtual para sua casa. "Eu queria muito ter algo semelhante aos assistentes do Google que já existiam no exterior naquela época, como a Alexia", lembra. Segundo o jovem, o intuito era poder usar a tecnologia para conseguir controlar as ações de determinados objetos eletrônicos.
Entusiasmado pelo feito, o estudante apresentou para o professor e aos colegas. "Era algo simples, que tinha reconhecimento de voz, emitia sons como hora e data. e a partir daí começamos a planejar algo maior juntos", destaca. "Foi então que surgiu a ideia de inclusão social como a mobilidade e acessibilidade dos cadeirantes", explica.
A Orianna está na segunda versão de atualização do software. O estudante explica que o projeto ainda não está pronto. "Estamos passando por processos de melhorias e demandas no momento", diz. Inicialmente, a tecnologia foi aplicada a uma cadeira de rodas em escala reduzida. Agora, nos laboratórios da Fatec, está sendo desenvolvido um protótipo em tamanho real.
Desde o conhecimento da classificação do projeto os rapazes têm se dedicado com aulas intensivas de inglês para comunicação e apresentação do trabalho em Dubai. "A expectativa é enorme por ser uma experiência única. É a primeira vez que viajo para o fora do Brasil e ainda vou poder participar da maior feira mundial de ciência e tecnlogia", comemora o estudante.
Marcos chegou a estudar na Fatec, mas atualmente é aluno do curso de ciências da computação no IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) em Campinas, interior de São Paulo.
O projeto Orianna contou com patrocínios de empresas e colégios privados, que os ajudaram com os recursos financeiros para a realização da viagem internacional.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder