Professoras da USP criam projeto de mentoria para mulheres economistas
Até o momento, já se inscreveram mais de 100 profissionais interessadas em receber o apoio e 30 dispostos a ser mentores
Educação|Da Agência Brasil
Um grupo de professoras da USP (Universidade de São Paulo) criou um grupo de mentoria para ajudar jovens economistas a entrar no mercado de trabalho. A iniciativa surgiu no grupo de estudo EconomistAs, que faz pesquisas sobre questões de gênero na Faculdade de Economia e Administração da USP.
Até o momento, já se inscreveram mais de 100 profissionais interessadas em receber o apoio e 30 dispostos a ser mentores. O formulário de inscrição do programa ECONecta está disponível na página do grupo EconomistAs.
“A gente sempre desenvolveu algumas iniciativas de mentoria para as alunas de pós-graduação da faculdade, mas tínhamos vontade de fazer um programa mais estruturado”, explica uma das coordenadoras do grupo, a professora Paula Pereda. Parceria firmada com uma plataforma vai permitir a conexão entre os mentores e as jovens profissionais.
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São aceitas estudantes de economia ou recém-formadas até cinco anos após a conclusão da graduação ou da pós (mestrado e doutorado). Os mentores, no entanto, podem ser de qualquer gênero, necessitando apenas de experiência profissional suficiente para auxiliar na inserção das iniciantes na profissão.
Segundo Paula, o projeto tem estrutura com roteiro para a mentoria, formação para os mentores e aborda conteúdos predefinidos. “Além de aumentar a rede de contatos dos mentores e gerar um networking, a ideia é trabalhar a autoestima e as aspirações de carreira”, detalha.
Serão oferecidas abordagens diferentes para profissionais que querem trabalhar em empresas privadas ou no setor público e para aquelas que preferem seguir carreira acadêmica. “As mentorias vão ser separadas por experiência no setor privado e interesses acadêmicos. Então, vamos ter mentores acadêmicos e mentores que trabalham no setor privado e público, fora da academia”, acrescenta Paula.
O projeto pretende atingir jovens profissionais de localidades com menos disponibilidade de oportunidades. “Alunas de universidades mais renomadas, como a USP, já têm acesso à nossa rede. Então, a ideia é expandir um pouco para as que ficam fora do eixo Rio-São Paulo”, acrescenta a coordenadora.
No futuro, o grupo espera ampliar a proposta para outros indivíduos com dificuldade de acesso, como pessoas negras.