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Proibição de celulares melhora aprendizagem, segundo 70% dos professores, e reduz bullying

Estudo mostra que mais de 60% dos professores também relataram aumento da atenção e disciplina dos alunos durante as aulas

Educação|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A proibição do uso de celulares nas escolas desde janeiro de 2025 melhorou a aprendizagem e comportamento dos alunos em 70% das instituições.
  • Mais de 60% dos educadores relataram aumento da atenção dos estudantes durante as aulas e maior socialização entre eles.
  • Houve uma redução de aproximadamente 30% nos casos de bullying, com forte apoio da maioria dos professores à medida.
  • Dificuldades de adaptação foram enfrentadas, principalmente pela resistência de alguns pais e o uso clandestino em locais como banheiros.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Pesquisa aponta aumento das habilidades cognitivas após a adoção da medida Rovena Rosa/Agência Brasil

A proibição do uso de celulares por alunos durante o período escolar, em vigor desde janeiro de 2025 por lei federal, resultou em avanços percebidos no desempenho e no comportamento dos estudantes.

Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Rabbit em outubro, ao menos 70% das escolas registraram melhora nos processos de aprendizagem e nas habilidades cognitivas após a adoção da medida.


O levantamento consultou líderes de instituições privadas e regulares — como docentes, diretores, coordenadores e supervisores — da Educação Infantil ao Ensino Médio.

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Mais de 60% dos professores também relataram aumento da atenção dos alunos durante as aulas. O estudo aponta ainda que mais de 80% das escolas observaram maior socialização no ambiente escolar, com interações presenciais mais frequentes entre os estudantes.


Como reflexo, houve queda de aproximadamente 30% nos casos de bullying.

A medida tem apoio entre os educadores. Ao todo, 82% dos professores afirmaram concordar com a proibição.


Resistência à proibição

No início da vigência da lei, a adaptação foi desafiadora, segundo o estudo. O levantamento aponta que 62% dos alunos tentaram ou chegaram a usar o celular nas primeiras semanas.

A resistência foi maior em escolas que não realizaram ações de comunicação prévias com alunos e famílias. A maior parte das instituições limitou-se a enviar comunicados aos responsáveis.


Apenas 33% promoveram atividades nos intervalos, 30% substituíram o uso do celular por outras tecnologias — como aulas digitais — e 30% realizaram palestras explicativas.

Nas escolas que adotaram atividades alternativas, a maior parte das iniciativas se concentrou nos intervalos, com jogos, atividades esportivas e brincadeiras.

A falta de estratégias de conscientização e engajamento inicial demandou maior esforço de fiscalização, especialmente nas primeiras semanas de implementação.

O estudo também aponta que a principal fonte de resistência não foram os estudantes, mas os responsáveis. Parte dos pais continuou tentando se comunicar com os filhos durante o horário escolar e questionou a restrição.

Em alguns casos, afirmaram que o celular poderia ser liberado nos períodos livres. Para os entrevistados, a colaboração das famílias é decisiva para o cumprimento da norma.

Celular no banheiro

A fiscalização apresentou dificuldades práticas, especialmente no banheiro, indicado como o principal ponto cego para uso clandestino do aparelho.

Relatos mencionam que o espaço se tornou local frequente para acesso ao celular, inclusive durante provas, gerando interrupção de rotina para monitoramento.

A pesquisa também identificou posições distintas sobre o modelo de restrição. Algumas escolas relataram que a proibição já era adotada antes da lei. Outras defenderam ajustes, como permitir o uso nos intervalos ou estender a regra a professores e funcionários.

Entre os participantes, há quem defenda que a medida seja acompanhada por estratégias de educação digital, em vez de uma proibição integral.

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