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Educação

Reitores divulgam nota contra 'desmanche' na educação e ciência

Cruesp divulgou nesta quarta-feira (11), uma nota pública expressando preocupação com a condução das políticas públicas

Educação|Do R7

Cruesp divulga nota contra condução de políticas públicas na área de educação
Cruesp divulga nota contra condução de políticas públicas na área de educação

O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) divulgou nesta quarta-feira (11), uma nota pública expressando preocupação com a condução das políticas para educação e ciência no país. 

No texto assinado por Vahan Agopyan, reitor da USP (Universidade de São Paulo) e presidente do Cruesp; Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e Pasqual Barretti, reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), há “um verdadeiro desmanche está em curso, o qual trará graves consequências a médio e longo prazos”.

Confira a nota na íntegra:

Nota pública dos reitores das universidades estaduais paulistas


São Paulo, 11 de agosto de 2021.

Há alguns meses, externamos nossa preocupação pela forma como a educação e a ciência têm sido tratadas pelo Governo Federal.


Na época, supôs-se que nossa atitude era contra a pessoa da nova presidente da Capes, quando, na realidade, estava relacionada ao modo de condução de todo o processo. Diferentemente de algumas críticas infundadas, não tomamos uma ação corporativa. A história recente do Brasil mostra que tivemos excelentes ministros, tanto da Educação quanto de Ciência e Tecnologia, que não eram do ramo, mas se cercaram de grandes especialistas e atuaram com competência, garantindo desenvolvimento marcante da educação e da ciência em nosso país.

Neste momento, em face de fatos recentes, reforçamos que nossa preocupação e desconforto aumentaram desde nosso manifesto de 17/04/2021 e ressaltamos que um verdadeiro desmanche está em curso, o qual trará graves consequências a médio e longo prazos.


Um jovem ou uma jovem brilhante, quando aceita um convite para trabalhar em uma universidade ou instituto de pesquisa no exterior, acarreta, para o País, a perda de mais de uma década de investimento em sua formação. Da mesma forma, a desmobilização de um grupo de pesquisa não tem retorno, mesmo havendo recursos. Lembremos que os grupos de pesquisa que responderam com ações concretas às demandas da presente pandemia já atuavam há muito tempo.

Há que se indagar a quem interessa o retrocesso e o desmanche; certamente não à população. Mas a persistência nessa direção continua, quando se opta pela inexperiência na definição de postos-chave para a condução de nossas Instituições de Fomento à Ciência e Tecnologia.

Parece-nos haver total inépcia para o trato das questões da educação e da ciência, o que pode comprometer, de maneira irremediável, o desenvolvimento e o futuro do País.

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