Saiba como é feita a correção das provas e das redações do Enem

Processo que avalia as questões objetivas é realizado com ajuda de uma tecnologia que reconhece o cartão-resposta

Educação|Agência Brasil

06/11/2023 - 02h00 (Atualizado em 29/03/2024 - 10h31)

Após a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos aguardam a correção das provas para saber se atingiram a pontuação necessária para ingressar em uma universidade.

É nessa etapa que o consórcio aplicador do exame recebe os malotes, e as equipes separam e digitalizam o cartão-resposta e a folha da redação de cada candidato. Todo o processo é monitorado por câmeras de segurança em tempo integral.

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A correção das provas objetivas é feita por meio da tecnologia de reconhecimento do cartão-resposta. Serão corrigidas somente aquelas efetivamente marcadas no cartão, sem emendas nem rasuras, com caneta esferográfica de tinta preta. Isso é importante para possibilitar a leitura óptica do cartão-resposta.

Para o cálculo da nota, o Inep adota a metodologia chamada Teoria da Resposta ao Item (TRI), que utiliza um conjunto de modelos matemáticos para representar a relação entre a probabilidade de o participante responder corretamente a uma questão, seu conhecimento na área em que está sendo avaliado e as características dos itens.

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Com esse modelo, a natureza específica de cada questão é considerada no cálculo, para que se possa diferenciar alunos com a mesma quantidade de acertos. Segundo o Inep, certas questões são acertadas consistentemente apenas por participantes com elevada habilidade, enquanto outras são frequentemente acertadas pela maioria.

Dessa forma, duas pessoas com a mesma quantidade de acertos na prova são avaliadas de forma distinta, dependendo de quais itens estão certos e errados, e podem ter notas diferentes.

Redação

Os arquivos digitalizados das redações são repassados às equipes responsáveis pela correção dos textos. Serão corrigidas somente aquelas transcritas para a folha de redação com caneta esferográfica preta.

A nota da redação é atribuída em uma escala que varia entre zero e mil pontos. Cada texto é corrigido por dois avaliadores, que atribuem nota entre zero e 200 pontos para cada uma das cinco competências. A nota final é a média aritmética de todas.

Em caso de discrepância, ou seja, quando as notas diferem em mais de cem pontos ou se a diferença for superior a 80 pontos em qualquer uma das competências, a redação é avaliada de forma independente por um terceiro avaliador. Nesse caso, a nota final é a média das notas que mais se aproximarem.

Com as notas da redação e o resultado das questões objetivas, o Inep processa o resultado, dando origem ao boletim de desempenho. Ele é disponibilizado em janeiro do ano seguinte na Página do Participante e no aplicativo do Enem.

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Memorizar fórmulas de matemática, física e química não é uma tarefa fácil. Para ajudar o vestibulando, o R7 pediu aos professores Lucas Borguezan, do Curso Enem Gratuito, e Victor Pompeo, do Anglo, que formulassem algumas dicas para a hora do sufoco. E vale tudo: desde inventar músicas até abusar das rimas. Confira as principais estratégias abaixo:

Matemática e Suas Tecnologias, análise de Ademar Celedônio, diretor de ensino e inovações educacionais

Matemática: antes de tudo, é bom
explicar um pouco o modelo das provas. Unicamp e Fuvest são vestibulares
tradicionais e muito mais focados nos conteúdos do ensino médio. Já o Enem traz como proposta sempre incluir uma contextualização. Assim, o conteúdo mais próximo do nosso cotidiano se torna fácil de compreender, como noções de escala, razão, proporção, regra de três e porcentagem. Alguns outros assuntos, como trigonometria, que não cai
tanto no Enem mas é mais cobrada em outras provas, são mais difíceis de
contextualizar.
No Enem, assuntos do ensino fundamental compõem de 60% a 65% do exame. Na Unicamp e na Fuvest, encontramos itens do ensino médio,
apesar de termos pontos em comum entre as três provas, como o assunto das funções.
Desde
o ano passado, a prova da Fuvest tem uma tendência a ser mais interdisciplinar,
o que a faz se aproximar, na primeira fase, cada vez mais do estilo do Enem

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Sala de aula com estudantes e professora. Gpointstudio / Freepik

Faça mapas mentais

Os mapas mentais são um ótimo método de memorizar algo, uma vez que o estudante organiza as informações visualmente. "Comece escrevendo a fórmula no centro de um papel bem grande. Em seguida, adicione ao redor dela as variáveis e os símbolos, usando linhas e setas coloridas para conectar as informações", recomenda Borguezan

CONFIRA: A dois meses da 1ª fase da Unicamp, veja raio-X do que mais caiu em cada área da prova de 2009 a 2022

A matemática é uma das áreas do conhecimento mais antigas do mundo. Apesar de ser considerada uma disciplina difícil por muitos estudantes, aqueles que dominam o universo dos números e cálculos acabam tendo como foco a área das exatas, podendo atuar e aplicar os conhecimentos adquiridos em diversos setores profissionais. O Jornal da Record apresenta algumas profissões que utilizam a matemática no dia a dia. Veja!

Taiwan - Melhor desempenho geral de alunos de Matemática.

Crie cartões de memorização

Uma forma de estimular a memória visualmente é estudar com um baralho de cartões. Para decorar mais fácil o conteúdo, escreva as fórmulas, anote a explicação e crie um jogo. Os cartões também são práticos para levar a outros lugares

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Segmente seu aprendizado

Para não misturar as fórmulas, separe as disciplinas e se organize para estudar cada uma em um dia diferente. Ao segmentar o aprendizado, o estudante corre menos risco de se confundir. Por exemplo, a letra "r" em física elétrica significa "resistência", enquanto em geometria remete ao "raio" de uma figura

* Sob supervisão de Vivian Masutti

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