Educação Unicamp desligou mais de mil estudantes que não apresentaram comprovante de vacina

Unicamp desligou mais de mil estudantes que não apresentaram comprovante de vacina

Universidade exigiu que alunos mostrassem, ao menos, a comprovação da primeira dose contra Covid-19 antes da matrícula

  • Educação | Karla Dunder, do R7

Unicamp tem autonomia para exigir comprovante dos estudantes

Unicamp tem autonomia para exigir comprovante dos estudantes

Antoninho Perri/Divulgação Unicamp

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desligou mais de mil estudantes que não apresentaram comprovante de vacina contra a Covid-19 no ato da matrícula neste ano, num total de 35.309 alunos matriculados na graduação e pós-graduação. Os alunos e funcionários foram informados que deveriam mostrar ao menos a comprovação da primeira dose para participar das atividades presenciais dos campi e da escola.

Conforme informações da reitoria da universidade, foram desligados desde o início do ano 966 alunos da graduação e tecnologia, oito em cursos de lato sensu e 337 no stricto sensu (mestrado e doutorado).

A medida foi tomada segundo resoluções publicadas no início do ano, quando a instituição decidiu retornar às atividades presenciais: 

"Artigo 2º — Todos os alunos regulares de graduação, pós-graduação, extensão e dos colégios técnicos deverão, obrigatoriamente, apresentar a comprovação de, no mínimo, uma dose de vacina contra a Covid-19, previamente e como condição para sua matrícula".

A reitoria reforça que todos os estudantes foram informados de que estariam proibidos de frequentar os seus campi — restaurante, bibliotecas, ambientes acadêmicos e demais atividades presenciais — sem a apresentação dos comprovantes de vacina. Além disso, a universidade estendeu o prazo várias vezes para o envio do comprovante.

Segundo informações da reitoria, "a Unicamp desligou os alunos que estavam sem comprovação vacinal, e hoje não temos nenhum aluno ativo sem os comprovantes".

É fundamental salientar que decisões da Unicamp passaram por todas as instâncias administrativas e de câmaras que são compostas por alunos, funcionários e docentes.

A medida da universidade é baseada na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considera a vacinação compulsória constitucional e tem como base o princípio da solidariedade. Todos os estudantes foram avisados da medida tanto em comunicados internos quanto pela imprensa. 

Para o advogado Marcos Poliszezuk, a instituição informou aos estudantes as condições para continuarem matriculados. Além disso, as universidades têm autonomia para tomar medidas como essa.

USP

Na última semana, o R7 informou que a USP (Universidade de São Paulo) decidiu apagar as notas e a frequência dos estudantes que não apresentaram o comprovante de vacinação contra a Covid-19.

A universidade havia informado que os alunos que não foram vacinados não poderiam frequentar as atividades presenciais nos campi. Em nota enviada pela pró-reitoria de graduação da universidade, a USP "está removendo as notas e frequências dos alunos que estavam com a situação vacinal irregular até o semestre passado, conforme orientações e normativas divulgadas à comunidade".

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