Unifesp suspende salários de Weintraub e mulher por faltas injustificadas e abandono de cargo
Ambos professores da instituição, eles teriam recebido pagamentos no 1º semestre sem terem atuado na universidade
Educação|Vivian Masutti, do R7
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) suspendeu preventivamente os salários de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro (PL), e de sua mulher, Daniela Weintraub, a partir de abril.
A instituição afirma que os dois, ambos professores do campus Osasco, não compareceram para trabalhar. Weintraub é do departamento de ciências contábeis, e Daniela, do de ciências atuariais, com carga horária de 400 horas semanais. Eles estão morando nos Estados Unidos desde o ano passado.
“A universidade seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo, então, de forma preventiva, os salários de Abraham e Daniela Weintraub a partir do mês de abril de 2023, data em que ambos os processos foram instaurados”, informa a Unifesp, em nota.
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A universidade descobriu a ausência de Weintraub quando, no dia 13 de abril, recebeu uma denúncia contra ele via ouvidoria. Já Daniela responde por processo administrativo por faltas injustificadas e abandono de cargo.
Segundo o Portal da Transparência, Abraham Weintraub teve uma remuneração bruta de R$ 4.520,16 até março deste ano. Em abril e maio, nenhum valor foi repassado ao servidor.
No caso de Daniela, um salário bruto de R$ 6.122,77 foi depositado até fevereiro deste ano.
Em seu perfil no Twitter, Weintraub afirmou que parou de dar aulas no fim de 2018, antes de se tornar ministro, e que já havia entrado com um pedido de licença não remunerada. De acordo com ele, Daniela também está sem lecionar há cinco anos.