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Deputados do DF justificaram 221 faltas ao longo do ano

No topo do ranking dos mais ausentes estão Cristiano Araújo, Paulo Roriz e Wellington Luiz

Distrito Federal|Myrcia Hessen, do R7

Os três mais faltosos da Câmara Legislativa são candidatos à reeleição
Os três mais faltosos da Câmara Legislativa são candidatos à reeleição Os três mais faltosos da Câmara Legislativa são candidatos à reeleição

A pedido do R7 a CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) levantou todas as faltas e justificativas dos deputados distritais. Se somadas todas as faltas, os 24 deputados distritais estiveram ausentes 221 vezes do início do ano até o final do mês de agosto (242 dias do ano). Todas as faltas foram justificadas. Sem a justificativa, o ponto é cortado e a falta é descontada do salário no final do mês. 

Como a Câmara Legislativa tem 24 deputados, os deputados faltaram e justificaram, em média, cerca de 9 vezes. Mas é claro que alguns faltam mais do que outros e há os que não se ausentam.

O deputado que mais faltou às sessões foi Cristiano Araújo (PTB), que esteve fora em 28 sessões da CLDF ao longo do ano. Em segundo lugar, aparece Paulo Roriz (PP), com 27 faltas e, em terceiro, está Wellington Luiz (PMDB), que teve 21 faltas. Os três são candidatos à reeleição.

Em tempo de campanha eleitoral, o plenário da Câmara fica ainda mais esvaziado, já que 21 dos 24 parlamentares da Casa são candidatos a cargos eletivos nas eleições deste ano.

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Cristiano justificou três das suas 28 faltas com atestado médico. Outras quatro foram justificadas por reuniões externas e as demais por reuniões com a comunidade. Paulo Roriz não apresentou nenhum atestado médico, mas teve três “questões de emergência” ao longo do ano, duas reuniões externas e 22 reuniões com a comunidade. Já Wellington Luiz argumenta que teve uma reunião externa e 20 reuniões com a comunidade.

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Em contato com o R7, Cristiano Araújo afirmou que medir a eficiência do trabalho de um deputado distrital por intermédio de sua presença em plenário significa “utilizar uma régua obtusa”.

— O parlamentar tem obrigações a cumprir fora do plenário. É obrigado a frequentar reuniões, discussões, seminários e palestras para poder cumprir sua função de bem representar seus eleitores, amparado inclusive por lei para ausentar-se.

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O campeão de faltas disse ainda que, por ser presidente da Comissão de Assuntos Fundiários, tem a obrigação de participar dos debates sobre a Lei do uso do solo e do Plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília e outros assuntos.

— Tenho boas e sólidas razões para exercer meu mandato em permanente contato com eleitores e com os interesses do povo de Brasília.

Da mesma forma, o distrital Paulo Roriz afirma que todas as suas ausências foram justificadas com base na lei e garante: nos dias que não esteve no plenário da Câmara, exercia suas atividades parlamentares em reuniões externas, com a comunidade.

Já Wellington Luiz alega que o trabalho do parlamentar vai “muito além do plenário”. Para ele, é melhor ser faltoso e estar com a sociedade que ir à Câmara, assinar a lista de presença e ir embora, “como outros parlamentares fazem”.

— Mais justo seria um levantamento das votações, não das sessões, que só servem para fazer discurso. Para ser honesto, eu tenho muito mais o que fazer do que ficar ouvindo ‘blá, blá, blá’ o tempo todo. Eu prefiro sair de lá. O parlamentar tem muito mais a fazer fora do que dentro da Câmara.

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