Robinson Faria assume o governo do RN
Político foi deputado estadual por 26 anos, além de presidir a Assembleia Legislativa
Rio Grande do Norte|Do R7
Robinson Mesquita de Faria (PSD) venceu o deputado federal Henrique Alves (PMDB) e é o novo governador do Rio Grande do Norte. Faria virou o cenário em relação ao primeiro turno já que seu adversário quase foi eleito após obter 47,34% dos votos contra 42,04% de Faria. Neste domingo (26), com mais de 94% das urnas apuradas, o político do PSD tinha 54,38% dos votos.
Nas eleições para governo de 2010, Faria foi eleito vice-governador do Estado na chapa liderada pela então Senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Na época, a coligação do candidato derrotado, Iberê Ferreira de Souza (PSB), entrou com um pedido contra a expedição do diploma da governadora e do vice por suspeita de abusos de poder, uso indevido dos meios de comunicação e gastos ilícitos de campanha. Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negaram o pedido e decidiram manter os dois no cargo.
Poucos meses após assumir o cargo, o político rompeu com Rosalba e anunciou a ida ao bloco de oposição ao governo. Em 2011, foi nomeado Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
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Aos 55 anos, Faria foi deputado estadual por 26. Eleito como o deputado mais jovem do RN, em 1986, ficou no cargo até 2010. Formado em direito, o político chegou a presidir a Assembleia Legislativa do RN por dois mandatos. Em 2006, foi eleito pela segunda vez como o parlamentar mais bem votado do Estado.
Com o resultado da eleição, Henrique Alves, deputado federal em seu 11º mandato, perde sua primeira disputa ao governo e fica sem cargo político a partir de 2015, quando seu mandato chega ao fim. Recentemente, o deputado foi envolvido no suposto esquema de corrupção da Petrobras. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa colocou Alves na lista dos políticos que teriam recebido propina da empresa.
Na época, em nota, o deputado negou qualquer participação com o escândalo alegando que as “insinuações” envolvendo seu nome foram “publicadas de forma genérica e sem apresentar evidências”.