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Eleições 2018

Amoêdo elogia ideias liberais de economista de Bolsonaro

Candidato do Novo diz que partido decidirá sobre apoio ao candidato do PSL no segundo turno eleitoral

Eleições 2018|Do R7

Amoêdo recebeu 2.679.728 votos válidos (2,5%)
Amoêdo recebeu 2.679.728 votos válidos (2,5%)

Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, do Novo, estreante numa disputa presidencial, disse que o partido ainda decidirá sobre eventual apoio no segundo turno, mas afirmou que o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, tem ideias alinhadas à da legenda.

"Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais", disse. "O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado (o candidato está em seu sétimo mandato na Câmara), nunca foi um grande defensor dessas pautas. Ainda é cedo para dizer (quem vamos apoiar)."

Abaixo, os principais trechos da entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

ONovo na eleição — "O balanço é muito positivo. O Novo existe há praticamente três anos desde sua data de registro, nunca utilizou dinheiro público, não fez coligação e não tinha nenhum político em sua base partidária a não ser os vereadores eleitos em 2016. Tinha também pouca exposição na mídia, tempo de TV e, mesmo assim, termina com 20 deputados eleitos — 8 federais, 11 estaduais e 1 distrital. Eu terminei em 5º lugar numa eleição com várias pessoas com tradição na política, à frente da Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB). Além disso, temos um candidato indo para o segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do País, o Romeu Zema, em Minas."


Fundador do partido Novo pede votos para Bolsonaro

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Futuro do partido — "Vamos atuar em duas frentes. Uma é o próprio crescimento do partido, convidando pessoas para se filiar, e outra é focar na abertura de novos núcleos e diretórios pelo resto do Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste."


Novo no Congresso — "É muito importante termos unidade entre nossos deputados federais para atuar de forma coordenada. Eles vão trabalhar pela simplificação dos impostos, para dar liberdade para as pessoas montarem seus negócios, pela reforma da Previdência para fazer equilíbrio das contas públicas. Vamos trabalhar para ter um serviço público que funcione melhor e dar as bases para isso, com uma legislação mais moderna e eficiente. Todos passaram por processo seletivo e, de imediato, já falam de abrir mão de 50% da quantidade de assessores e da verba de gabinete."

Polarização PSL-PT — "É muito ruim. Uma das coisas boas do segundo turno era a chance de, agora, as pessoas poderem discutir e os candidatos apresentarem claramente suas propostas e suas práticas. O que mais me preocupa é a forma como eles farão, os procedimentos e a atuação. Precisamos sair dessa polarização de votar em um porque está votando contra o outro, e sim votar num projeto de Brasil. Por isso trabalhei nessa eleição, não me identificava em nenhuma das duas propostas, e não via nelas um plano de execução que fosse uma renovação. Agora, é o que sobrou."


Posição no segundo turno — "A gente vai discutir bem isso. Estamos comemorando os resultados e estruturando a atuação dos parlamentares eleitos. O PT é muito desalinhado com o que o Novo pensa, mas gostaria de ouvir um pouco mais do outro candidato. Ele tem algumas ideias na parte econômica, vindo de seu assessor para essa área, o Paulo Guedes, que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica, privatização de estatais. Mas, de novo, o problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Ele, como deputado (Bolsonaro tem 28 anos de atuação parlamentar), nunca foi um grande defensor dessas pautas olhando seu histórico de atuação. É preciso entender os planos, conhecer a equipe de governo, e isso vai mostrar muito da linha.

Posições de Bolsonaro — "Tem posicionamentos dele que nos parecem muito extremados. Por outro lado, o PT também promoveu uma corrupção na máquina pública que é inaceitável. Então, vamos pesar tudo isso. Não é uma decisão simples. Tem que pesar não só a pauta econômica, mas o procedimento, a veracidade, a disposição de colocar as pautas e a forma como vai ser dado o tratamento ao cidadão, à preservação das instituições. Nessas três semanas vamos conhecer um pouco mais, as ideias e as pautas dos dois candidatos. Ainda é cedo para dizer."

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