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Bate-bocas entre França e Doria marcam debate na RecordTV

Em meio a propostas para saúde, educação e segurança, candidatos ao governo de SP fizeram trocas de acusações

Eleições 2018|Fernando Mellis, do R7

França diz que Doria não é confiável; Para Doria, adversário é "rei do mimimi"
França diz que Doria não é confiável; Para Doria, adversário é "rei do mimimi" França diz que Doria não é confiável; Para Doria, adversário é "rei do mimimi"

O debate entre os candidatos ao governo de São Paulo na RecordTV, na tarde desta sexta-feira (19), teve momentos de bate-boca entre o ex-prefeito da capital João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), que disputa a reeleição.

Apontado pelo tucano como apoiador dos governos do PT e opositor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, França classificou Doria como "arrogante e prepotente".

"Eu não fui contra o impeachment da Dilma, eu fui a favor. Eu nunca fui do PT, sempre fui contra o PT. Eu não traio os meus amigos, não apunhalo meus amigos. [...] Cadê os seus amigos do PSDB? Nenhum político do PSDB quer fazer campanha para você, estão todos fugindo, até o Bolsonaro fugiu de você", disse o candidato do PSB em referência ao fato de o ex-governador Geraldo Alckmin, padrinho político de Doria, tê-lo chamado de traidor em uma reunião do PSDB. 

França foi chamado por Doria de "o rei do mimimi" e que "São Paulo merece alguém com mais dignidade, com mais postura".

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França chamou Doria de "arrogante" e "prepotente"
França chamou Doria de "arrogante" e "prepotente" França chamou Doria de "arrogante" e "prepotente"

"Você é governador de São Paulo, mas não governa, faz campanha o dia inteiro", completou.

O fato de João Doria apoiar Jair Bolsonaro (PSL) na campanha presidencial também foi rebatido por França, que lembrou o fato de o senador eleito Major Olímpio, presidente do PSL em São Paulo, ter dito que não apoia Doria e declarado voto no atual governador.

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"O Major Olímpio disse que não vota no João Doria porque ele não é de confiança", afirmou.

Mesmo com o microfone desligado, Doria disse que Olímpio é de esquerda, o que virou motivo de deboche pelo candidato do PSB. "O Major Olímpio é de esquerda?", ironizou. "Ele está dando a opinião dele como senador eleito aqui por São Paulo, você deveria ter respeito".

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Para João Doria, as creches criadas por Márcio França, quando ele foi prefeito de São Vicente, "são de péssimas condições" e ressaltou que na capital fez "creches de primeiro mundo".

O político do PSB respondeu que "as creches não precisam ser suntuosas" e que "todas essas coisas caras custam mais", além de pontuar que o tucano "não zerou a fila de creches" nos 15 meses em que foi prefeito da capital. 

Assim como já tinha feito ontem no debate da TV Bandeirantes, França voltou a falar que Doria pediu empréstimo de R$ 44 milhões ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável) para comprar seu jatinho particular durante o governo do PT.

O tucano respondeu, chamando o adversário de "um notório mentiroso". 

Doria: França faz campanha em horário de trabalho
Doria: França faz campanha em horário de trabalho Doria: França faz campanha em horário de trabalho

"O BNDES financia a Embraer e aviões privados e militares, ajudando a criar empregos aqui no Estado de São Paulo. [...] A indústria aeronáutica brasileira é financiada pelo BNDES, tanto para brasileiros quanto estrangeiros que adquirem aeronaves. O dinheiro não era do PT", disse.

Em outro momento, o governador colocou em dúvida a declaração de Imposto de Renda de Doria. "Eu não quero acumular dinheiro, não quero comprar tantas casas. Não quero ter casa lá em Trancoso, para depois alugar para os outros no final de ano. Como é que você declara essas locações? Eu queria ver essas declarações".

O ex-prefeito questionou França sobre o fato de ele ter negado informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre os voos dos helicópteros Águia, da Polícia Militar, e disse que o governador fez uso pessoal das aeronaves, inclusive para ir ao cinema em um shopping da capital.

França refutou a acusação e disse que Doria "usou várias vezes" os helicópteros da PM quando foi prefeito.

Os bate-bocas predominaram, com os candidatos continuando a falar após o fim do tempo. A plateia teve que ser repreendida em diversas ocasiões pelas interferências durante as perguntas e respostas.

Apesar do clima tenso, houve momentos de descontração, como quando Doria afirmou que daria "uma Maracugina" para França no fim do debate.

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