TSE decide barrar candidatura de Garotinho no RJ
Político do PRP foi considerado ficha suja; na última pesquisa Ibope, ele estava em segundo lugar nas intenções de voto ao governo do Estado
Eleições 2018|Fernando Mellis, do R7
Por unanimidade, os sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram barrar a candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (27).
Uma decisão provisória do ministro Og Fernandes, do próprio TSE, havia permitido o registro da candidatura de Garotinho até o julgamento do mérito, o que ocorreu hoje.
Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (25) mostrava Garotinho em segundo lugar nas intenções de voto, com 16%, empatado com Romário Faria (PODE).
Cabe recurso ao STF (Superior Tribunal Federal). No entanto, ele fica proibido de fazer campanha.
O candidato é suspeito de desviar R$ 234,4 milhões na área da saúde nos anos de 2005 e 2006, quando ocupava o cargo de secretário estadual de Saúde.
Garotinho já havia sido condenado no TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) e recorreu ao TSE.
Defesa
Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Garotinho disse que vai cumprir a decisão do TSE, mas que vai recorrer. "O que estão fazendo comigo é uma covardia. Eu só não vou me entregar porque já passei por outras covardias", completou.
Ele relacionou o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares, que o condenou por formação de quadrilha, em 2012, ao grupo político do ex-governador Sérgio Cabral.
De acordo com Garotinho, tratou-se de uma "sentença encomendada". Ele disse que o irmão do magistrado, um coronel da Polícia Militar, esteve lotado no gabinete do secretário de Segurança Pública de Cabral, José Mariano Beltrame, e posteriormente do deputado estadual Paulo Melo, também ligado ao ex-governador.