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Pesquisa mostra eleitores de SP mais atentos às fake news após 2018

Entrevistados foram separados em grupos como conservadores e progressistas. Ambos mostraram preocupação com notícias falsas 

Eleições 2020|Do R7

'Muitos mencionaram as eleições de 2018', disse pesquisadora sobre as fake news
'Muitos mencionaram as eleições de 2018', disse pesquisadora sobre as fake news 'Muitos mencionaram as eleições de 2018', disse pesquisadora sobre as fake news

Os eleitores de São Paulo estão mais atentos à desinformação e o fenômeno das fake news, revelou estudo realizado por pesquisadores da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) e do Núcleo de Estudos em Artes, Mídia e Política da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) nos dois turnos das eleições municipais de 2020.

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A pesquisa fez entrevistas separadas em dois grupos: conservadores e progressistas. Segundo a coordenadora do estudo e doutora em Ciência Política, Rosemary Segurado, ambos os grupos demonstraram maior preocupação com as notícias falsas.

“Muitos mencionaram as eleições de 2018, pela forma como as fake news foram produzidas e distribuídas naquele momento. É quase como se [os eleitores] estivessem olhando para o retrovisor”, afirma.

Um segundo ponto importante, aponta a professora, é que, por diversas vezes, conservadores e progressistas trataram as fake news como “mentira” em suas respostas, entre outros aspectos que, segundo Segurado, indicam uma educação digital por parte dos eleitores. Além disso, também se notou uma conduta de checagem das informações nos dois grupos:

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“Estão atentos, ficam desconfiados e vão fazer algum tipo de verificação. Isso tem a ver com o papel que o jornalismo tem feito, é muito importante no processo”.

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E é no jornalismo em que se iniciam as primeiras diferenças apontadas pela cientista em relação aos dois grupos. Os progressistas tendem a confiar mais em veículos de mídia tradicional, e os conservadores, por sua vez, citaram em várias oportunidades sites de divulgação de informações falsas como fontes de checagem, usando de termos pejorativos quando se referiam aos veículos tradicionais.

O estudo indicou também que parentes e amigos ativos nas redes sociais já não possuem mais a mesma confiabilidade de dois anos atrás. “Há um aspecto de saturação, 2018 saturou muito as pessoas. Isso aparece muito nas falas”, afirma a coordenadora da pesquisa.

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Entre os grupos, nos quais havia divisões por faixas etárias, a primeira delas (dos 16 aos 24) demonstrou uma conduta “antenadíssima” de checagem em relação aos parentes e em grupos de família, sobretudo entre os progressistas. Já entre os conservadores, o comportamento é menos frequente.

“Alguns [dos conservadores] chegaram a dizer, inclusive, que compartilhavam alguma notícia mesmo sabendo que era falsa, só para causar”, comentou Segurado.

Pandemia

Para além da saturação em relação ao ano de 2018, outro aspecto que mudou o olhar dos eleitores em relação às fake news foi a pandemia.

“Muitos entrevistados apontaram preocupação com as fake news divulgadas na pandemia. Já tinha importância por vários motivos, pelo impacto que causou”, comenta a professora, que prossegue:

“Muitos comentavam as fake news como mentiras que causavam problemas em suas vidas, e vários dos entrevistados citaram as informações falsas sobre a vacina contra a covid”.

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