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Edição gênica acelera criação de animais mais nutritivos e resistentes ao clima

Técnicas modernas aceleram mudanças genéticas para produção de alimentos mais eficientes

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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CRISPR transforma peixes e bovinos, criando alimentos mais eficientes. (Crédito: Getty Images/ Canva Pro) Fala Ciência

A tecnologia de edição gênica está transformando rapidamente a produção de alimentos, tornando possível criar animais com características que levariam décadas para surgir naturalmente. Técnicas como o CRISPR permitem modificar sequências de DNA de peixes, bovinos e suínos, promovendo melhorias que incluem aumento de musculatura, resistência ao calor, eliminação de espinhas e até produção de leite hipoalergênico. Essas inovações devem chegar ao mercado brasileiro ainda nesta década, sinalizando uma nova era da agricultura e da pecuária.

Entre os principais avanços recentes:


  • Peixes sem espinhas: Facilita o processamento e aumenta o aproveitamento da carne;
  • Tambaqui e tilápia mais musculosos: Gene da miostatina neutralizado para crescimento maior;
  • Bovinos Angus adaptados ao calor: Pelo mais curto e melhor tolerância térmica;
  • Leite hipoalergênico: Sem beta-lactoglobulina (BGL), seguro para alérgicos;
  • Suínos resistentes a doenças: Mutação bloqueia vírus da PRRS, reduzindo mortalidade e uso de antibióticos.

CRISPR como ferramenta estratégica


Edição gênica acelera produção de animais resistentes e nutritivos. (Crédito: PhonlamaiPhoto/ Canva Pro) Fala Ciência

O CRISPR, sigla de “repetições palindrômicas curtas regularmente interespaçadas em cluster”, combina RNA e proteínas para localizar e modificar trechos específicos do DNA. Essa técnica permite não apenas acelerar o processo de melhoramento genético, mas também tornar a produção animal mais sustentável e resiliente diante das mudanças climáticas e de doenças emergentes.

No caso de peixes como tambaqui e tilápia, a edição gênica foca em genes ligados à calcificação de tendões e ao crescimento muscular. Para bovinos, genes de raças adaptadas ao clima tropical foram introduzidos para melhorar a tolerância ao calor, diminuindo o estresse térmico e aumentando a produtividade.


Benefícios e perspectivas futuras

A aplicação da edição gênica no setor agropecuário não apenas melhora a eficiência produtiva, mas também abre caminho para alimentos mais seguros e nutritivos, redução de impactos ambientais e menos dependência de antibióticos. Com testes já avançados em laboratório e campo, os próximos anos devem revelar uma geração de animais geneticamente melhorados capaz de atender à demanda global crescente por alimentos.

A perspectiva é que, com seleção natural assistida por CRISPR, espécies de alto valor nutricional e econômico sejam produzidas mais rapidamente e com maior confiabilidade genética, criando um modelo de produção mais sustentável e adaptado às exigências do futuro.

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