Logo R7.com
RecordPlus

Adolescente é abordado por policiais armados após IA confundir salgadinho com arma

Erro de sistema em escola nos EUA fez adolescente ser cercado por agentes após treino de futebol americano

Internacional|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudante de 16 anos é abordado por policiais em Baltimore após IA confundir salgadinho com arma.
  • O incidente ocorreu na Kenwood High School após um treino de futebol americano.
  • O jovem Taki Allen ficou traumatizado e agora evita interagir com o sistema de câmeras.
  • O caso levantou críticas sobre a confiabilidade de tecnologias automatizadas em escolas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Taki Allen, de 16 anos, disse estar traumatizado com o ocorrido Reprodução de vídeo/WMAR

Um estudante de 16 anos foi cercado por policiais armados em Baltimore, nos Estados Unidos, depois que um sistema de câmeras de segurança com inteligência artificial confundiu um pacote de salgadinhos com uma arma de fogo.

O incidente ocorreu em 20 de outubro, na Kenwood High School, e reacendeu o debate sobre o uso de tecnologias automatizadas em escolas nos Estados Unidos.


LEIA MAIS:

Taki Allen, que também é jogador de futebol americano do colégio, esperava o carro da família após o treino quando o sistema de vigilância alertou a polícia. Segundo ele, o susto veio de repente. “Apareceram uns oito carros de polícia, todos com as armas apontadas para mim. Eu só consegui levantar as mãos e perguntar o que estava acontecendo”, contou o jovem à emissora WMAR-2 News.


As câmeras dotadas de inteligência artificial interpretaram o reflexo metálico do saco de Doritos que Allen segurava como uma possível arma. O alerta foi transmitido a agentes próximos, que chegaram ao local com armas em punho. Imagens das câmeras corporais dos policiais mostram o adolescente assustado sendo revistado enquanto tentava explicar que não portava nada perigoso.


Um dos oficiais chegou a perguntar se o rapaz tinha uma arma consigo. “O quê? Não”, respondeu Allen, visivelmente nervoso. Pouco depois, os agentes revistaram uma lixeira próxima e encontraram o pacote amassado de salgadinhos que havia provocado o alarme falso. “Acho que foi o jeito que você estava segurando o saco de Doritos, o sistema entendeu como uma arma”, explicou um dos policiais.


Mesmo após a confusão, a direção da Kenwood High School afirmou que mantém confiança no sistema de monitoramento automatizado, chamado Omnilert. A superintendente do distrito, Myriam Rogers, declarou em entrevista que “o programa fez exatamente o que deveria fazer”, ao identificar um potencial risco e acionar as autoridades.

Allen, no entanto, disse que o episódio o deixou traumatizado. O estudante contou que, desde então, prefere permanecer dentro do prédio após os treinos, evitando qualquer interação com o sistema de câmeras. “Não me sinto seguro o bastante para esperar lá fora, ainda mais comendo alguma coisa. Agora fico dentro da escola até o carro chegar”, afirmou.

Casos como o de Baltimore têm alimentado críticas sobre a confiabilidade de algoritmos de segurança baseados em inteligência artificial, especialmente em ambientes escolares. Para o adolescente, a lição foi amarga. “Nenhum saco de salgadinhos deveria ser confundido com uma arma”, resumiu.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.