África do Sul: colégios eleitorais fecham; atual presidente é favorito

A maioria dos centros de votação disponibilizados para as eleições gerais desta quarta-feira (8) na África do Sul concluiu os trabalhos, com exceção dos poucos locais onde ainda havia eleitores em filas.

Quase 27 milhões de sul-africanos estavam aptos a votar neste pleito, no qual o partido Congresso Nacional Africano (CNA) tenta renovar mais uma vez a maioria no Parlamento, o que permitiria que o atual presidente, Cyril Ramaphosa se mantenha no cargo.

A participação dos eleitores foi visivelmente grande durante a manhã, com dezenas e até centenas de cidadãos nos centros de votação desde as 7h (horário local, 2h em Brasília). No final do dia, no entanto, os principais partidos aumentaram os pedidos para que a população votasse devido aos rumores crescentes de que a participação final poderia ser menor do que a registrada em outros anos.

Entre os que votaram cedo estava o próprio Ramaphosa, que disse estar confiante na vitória do CNA. Ele votou em uma escola na cidade de Soweto.

A jornada de votação transcorreu de forma tranquila, exceto por alguns incidentes pontuais como a falta de material em alguns colégios eleitorais ou protestos na cidade de Holpan, na região central do país. Também houve atrasos na abertura de 20 centros (de um total de quase 23 mil), incluindo cinco que às 17h (horário local, meio-dia em Brasília) ainda não estavam funcionando.

Após uma campanha marcada pelas promessas de luta contra a corrupção, para diminuir a alta taxa de desemprego e reduzir a extrema desigualdade existente desde os tempos do regime do apartheid, a grande incógnita desta eleição é se o CNA - partido fundado por Nelson Mandela - conseguirá manter o histórico nível de apoio popular, sempre acima de 60% nos últimos 25 anos.

Os primeiros balanços parciais da votação serão divulgados hoje à noite (em Brasília), e o resultado final deve ser conhecido no sábado.