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Agressor de Paris queria atear fogo na redação da Charlie Hebdo

A Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França divulgou a verdadeira identidade do principal autor de um ataque à faca, na última sexta-feira (25) 

Internacional|Do R7, com Reuters e Ansa

Pessoas correm nas proximidades da redação da revista Charlie Hebdo após ataque
Pessoas correm nas proximidades da redação da revista Charlie Hebdo após ataque Pessoas correm nas proximidades da redação da revista Charlie Hebdo após ataque

Um paquistanês acusado de ferir duas pessoas com um cutelo na frente da redação do Charlie Hebdo, na última sexta-feira (25), não sabia que a revista satírica havia se mudado e queria incendiar sua redação, disse o procurador de Paris.

Jean-François Ricard disse em uma coletiva de imprensa que o suspeito portava três garrafas de solvente de tinta. Ele também disse que o homem agiu usando uma identidade falsa e que uma foto de passaporte encontrada em seu celular mostrou que ele tem 25 anos, e não 18, como ele mesmo disse inicialmente.

"Seu plano inicial era entrar na redação da revista, possivelmente com a ajuda de um martelo, e incendiá-la com as garrafas de solvente", disse Ricard.

Leia mais: Ameaçada, diretora da revista 'Charlie Hebdo' é obrigada a fugir de casa

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Ainda de acordo com a Procuradoria Nacional Antiterrorismo, a verdadeira identidade do principal autor de um ataque à faca é Zaheer Hassan Mahmoud, 25 anos, que nasceu no Paquistão e chegou à França no fim de 2018 após atravessar diversos países, entre os quais, "Turquia e Itália".

Ao ser preso, como não tinha nenhum documento de identificação com ele, o homem dizia ter 18 anos e se chamar Hassan Ali.

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Jean-François Ricard, informou que Mahmoud confessou que mentiu ao ser confrontado com um documento paquistanês no seu telefone celular e que o paquistanês era uma pessoa "completamente desconhecida por todos os serviços de inteligência" franceses.

O procurador ainda confirmou que Mahmoud é quem aparece em um vídeo divulgado pela mídia do país dizendo ter se "rebelado" por conta das caricaturas de Maomé feitas pelo "Charlie Hebdo" e que o homem não sabia que a sede do jornal tinha mudado de localização.

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O ataque do último dia 25 deixou quatro feridos, sendo que dois jornalistas precisaram ser atendidos em hospital. Nenhum corre risco de morrer. A ação ocorreu na rua onde a antiga sede do jornal satírico estava localizada até o atentado terrorista de 7 de janeiro de 2015, quando os irmãos Sherif e Said Kouachi mataram 12 pessoas na redação do "Charlie Hebdo", além de funcionários do prédio.

Ataque sangrento

Em 2015, doze pessoas foram mortas por homens armados que atacaram a redação do Charlie Hebdo para se vingar da publicação de charges que zombavam do profeta Maomé.

O semanário, que se mudou para um local secreto após o ataque, republicou as charges no início deste mês para assinalar o começo do julgamento de 14 pessoas com supostos laços com os assassinos do Charlie Hebdo.

Ricard disse que, ao chegar à rua onde a revista se localizava, o suspeito viu as duas vítimas e as atacou, pensando que trabalhavam no local.

O procurador ainda disse que o homem explorou a área em três dias separados pouco antes do ataque e que comprou o cutelo no dia da agressão.

"Em seu celular, encontramos um vídeo de três minutos em urdu no qual ele anuncia seu plano, dizendo que 'aqui na França eles fazem caricaturas de nosso grande e puro profeta Maomé. Hoje... me rebelarei contra isto'", relatou Ricard.

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