ONU diz que entrega de ajuda humanitária a Gaza será adiada, após Biden prometer para hoje
Organização não garantiu que os caminhões carregados com comida, água e medicamentos vão conseguir cruzar a fronteira
Internacional|Do R7, com AFP
A ajuda humanitária internacional poderá entrar a partir do Egito na Faixa de Gaza “amanhã [sábado] ou depois”, declarou nesta sexta-feira (20) o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
“Estamos em negociações intensas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que a operação de ajuda a Gaza comece o mais rápido possível”, disse Griffiths, citado por um porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) em Genebra.
O presidente dos EUA, Joe Biden, havia anunciado que os primeiros 20 caminhões carregados com comida, água e medicamentos cruzariam a fronteira e entrariam na Faixa de Gaza nesta sexta.
A ajuda aos civis palestinos e estrangeiros que estão na zona de guerra foi negociada pelo americano com o governo egípcio e com Israel durante sua visita a Tel Aviv na quarta-feira (18).
O secretário-geral da ONU, Antonio Gutérres, chegou nesta sexta à passagem de fronteira de Rafah para preparar a entrega da ajuda humanitária.
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A passagem de Rafah, no Egito, é a única que não está sob o controle de Israel e, portanto, seria o local onde é possível estabelecer um corredor humanitário.
O governo israelense impôs a condição de que os recursos enviados não cheguem até os terroristas do Hamas.
Estima-se que mais de 150 caminhões estejam aguardando a liberação da fronteira.
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Uma incursão por terra do Exército israelense na Faixa de Gaza é algo que deve acontecer em breve, o que poderia atrasar ainda mais o envio do socorro aos civis. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a invasão está prestes a acontecer.
A passagem de Rafah também será usada por estrangeiros que querem deixar a Faixa de Gaza. O Itamaraty aguarda há dias a resolução da situação para conseguir resgatar 26 brasileiros. O avião presidencial está no Cairo e será usado para repatriar o grupo.
