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Al Shebab nega participação de mulher britânica em ataque no Quênia

Por meio do Twitter, grupo desmentiu que Samantha Lewthwaite tenha sido uma das terroristas

Internacional|Do R7

Samantha era esposa de um dos terroristas dos atentados de 2005 em Londres
Samantha era esposa de um dos terroristas dos atentados de 2005 em Londres

A milícia radical islâmica Al Shabab desmentiu nesta terça-feira (24) que alguma mulher britânica tenha participado do assalto ao shopping de Nairóbi, e atribuiu esta informação ao desejo de "agradar" ao Reino Unido.

Por meio do Twitter, o grupo nega assim a participação no ataque de Samantha Lewthwaite, conhecida como "a viúva branca", esposa de um dos terroristas suicidas dos atentados de 2005 em Londres, como tinha afirmado hoje a ministra das Relações Exteriores queniana, Amina Mohammed.

Em mensagens divulgadas depois do anúncio feito pelo presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, do fim do seqüestro, os fundamentalistas responderam aos rumores que apontavam para a participação da inglesa convertida ao Islã no ataque de Nairóbi.

— Não empregamos nossas irmãs neste tipo de operações.


"Temos um número suficiente de homens jovens que estão completamente comprometidos", acrescentou a milícia islamita. O grupo também afirmou que o governo queniano "está capitalizando a história de que uma mulher teria participado do ocorrido em 'Westgate' para adular o governo britânico".

Minutos depois de acabar a coletiva de Kenyatta, de anúncio do fim da operação de resgate, Al Shebab postou uma canção em homenagem aos mujahedins do "Westgate".


"Os mujahedins não têm nenhum desejo de matar mulheres e crianças e fizeram todo o possível para retirá-los antes do ataque", disseram horas antes de saberem o final da ação policial em um perfil no Twitter, o enésimo que a milícia criou por terem sido bloqueados pela administração do site.

Londres confirma a morte de seis britânicos


Grávida de oito meses morreu durante ataque contra shopping

O presidente do Quênia informou que no assalto para pôr fim à ocupação do centro comercial morreram 72 pessoas: além dos cinco assaltantes mortos, 61 civis e seis soldados quenianos morreram e outras 62 pessoas continuam hospitalizadas.

Embora sem antecedentes de terrorismo no Reino Unido, Lewthwaite, de 29 anos, é procurada pelas autoridades do Quênia e, aparentemente, teria viajado também à Somália, origem da milícia islâmica Al Shabab, responsável pelo massacre de Nairóbi.

Seu marido Germaine Lindsay explodiu a bomba que tinha escondida na mochila em um trem da linha de metrô Picadilly, próximo a estação de King's Cross, quase ao mesmo tempo em que outras colegas atacaram outras linhas do metrô e em um ônibus urbano perto do Museu Britânico de Londres, em julho de 2005.

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